Devia jogar squash, Sônia – Evelyn Postali

A primeira impressão nunca é a que fica, mas isso não poderia se tratar de Osvaldo. Cinco anos antes, quando chegou, a concorrência impusera um ritmo intenso em nossas ações. Era preciso correr atrás das matérias. Nada nos era dado de mãos beijadas.

 

— Osvaldo dos Santos Telles — apresentou-se, depositando a valise sobre a mesa vazia ao meu lado.

— Sônia Vitali. Seja bem-vindo. — Estendi a mão e ele apenas balançou a cabeça, vistoriando o espaço com os olhos, girando sobre seu eixo como um daqueles galos fincados em uma vara para indicar a direção do vento.

— Nada mal para um cargo de chefia. Muito em breve serei aquele que ocupará a cadeira principal. — Apontou para a sala de Macedo.

— Disputaremos a vaga, então — eu disse, já indignada com a falta de educação e também convencida de poder baixar a crista daquele exemplar macho de ego exposto em último grau.

 

Foi assim que tudo começou e tudo piorou. Cinco anos de agonia, esquivando-me dos truques de Osvaldo, das armadilhas em que metia o grupo daquele escritório. Alguém devia pará-lo, mas não surgia oportunidade derradeira.

Distanciei-me do Osvaldo quando ele se aproximou da janela. Gostaria que fossem quilômetros a nos separar. Toda aquela arrogância me atrapalhava. A superioridade que demonstrava me fazia mal. Estava sempre no meu encalço, aquele sorriso petulante de quem sabe tudo e não considerava o outro como contribuinte para o sucesso dos projetos. Vivia pensando que o mundo girava ao redor dele e que seria, de pronto, dono de um harém. Não me admirei ter feito seleção dos amigos, separando-se daqueles que julgava não estarem no mesmo nível social.

Ele vivia fazendo troça do Luís, o aprendiz que mal sabia balbuciar palavra audível naquele escritório. Fazia gozação, chamava-o de pequeno Buda, mas não para elogiar.

Quem é ele, afinal, para questionar a religião do garoto e a origem asiática?

— Devia praticar squash, Sônia.

A altura da voz me tirou da divagação em um sobressalto. O estagiário moveu os olhos com rapidez, parando em mim, como se me alertasse, para eu não cair na provocação.

Ingênuo Luís! Não nasci hoje, mas agradeço a preocupação.

Osvaldo não me conhece, mesmo depois de quase cinco anos de convivência. O que ele pretende? Desdenha a cavalgada. Fala como se aquilo que pratico não é suficiente para me deixar em forma. Mal consegue mover as pernas para um lado e para outro dentro daquele cubículo da quadra de squash e solta conselhos para o meu lado. A agilidade que possuo é bem maior que a dele. Quer ensinar o vigário a rezar a missa, como diria minha mãe.

— Jonatas perdeu de mim no último jogo — ele completou, ainda segurando a satisfação presa ao branco dos dentes. — Devíamos marcar uma partida. Nós dois… — Ah… Aquela voz arrastada sempre me faz engasgar o desejo de acertá-lo no meio das pernas. — O que acha?

— Quem sabe? — respondi, espichando o sorriso mecânico e travando a vontade de esculachar. — Quem sabe você possa dispor de uma hora para cavalgar também. — O desejo de que ele caísse do cavalo compareceu de pronto nas minhas retinas. O desequilíbrio na hora do salto. A queda sobre a grama…

A gargalhada que ele soltou ecoou pela sala e me despertou da imagem malvada.

— Não tenho jeito com isso. Além do mais — ele prosseguiu —, não considero um exercício muito complexo esse que você pratica como se não houvesse amanhã. — Continuou sorrindo. — Garanto que não perde muita energia em cima do equino, como eu gasto rebatendo a bola na parede.

Idiota! Ele devia mesmo cair do cavalo, mas eu o quero longe do escritório. Incompetente. Já maquinei mil maneiras de sabotá-lo, o tempo todo. Se ele permanecer aqui, precisarei de estratégias mais inteligentes para derrubá-lo. Porque ascender no departamento é questão de honra. Melhor silenciar.

Eu lhe dei as costas. Fingi que fazia outra coisa e foi quando o editor chefe entrou.

— Onde está aquela matéria? — Macedo enfatizou as palavras. — Pedi para hoje cedo.

Eu vi Luís enfiar o rosto no teclado do computador, disfarçando a digitação.

Osvaldo coçou a cabeça e o cacoete sobreveio: mordeu o lábio inferior. Puxou a cadeira de onde estava e se pôs na frente da mesa. Mexeu nos papéis. Olhou para o caos espalhado sobre ela.

Não tinha feito. Lógico que não tinha feito. É o que acontece quando se usa as pernas e não o cérebro para se mostrar, seu idiota!

A vontade ferina de nocauteá-lo saltou, mas meu cérebro se sobressaiu e eu juntei da minha mesa o texto redigido por mim sobre o assunto. Passei por ele, olhando-o firme e entreguei para Macedo o resultado de meu empenho. Disputávamos palmo a palmo as posições de destaque.

O sujeito recolheu a folha e devolveu um olhar furioso para os demais. Saiu sem agradecer-me.

Outro idiota.

Não fazia parte das minhas obrigações, e fiz porque quis, eu sei. Contudo, um obrigado não seria nada mal. Mas o maldito era machista até o último pentelho daquele saco inoperante e cheio dos dedos do Osvaldo.

Eu vi o estagiário ajeitar-se na cadeira, relaxando a postura depois da saída do chefe.

— Essa foi por pouco! — Osvaldo se sentou, juntando os papéis, alinhando os objetos.

— É mesmo? — Carreguei na ironia. — Você está mal acostumado. Já fez a conta de quantas vezes tirei você do fogo? — Balancei a cabeça negando e respirei fundo. — Da próxima vez, deixo você se ferrar. — Apontei o dedo para ele e voltei para o meu lugar.

— Você não faria isso.

Ele precisava de uma lição.

— Você disse que faria e não fez.

— E daí? — Ele deu de ombros.

Eu deixei passar um tempo. Precisava fazer alguma coisa. Alguém precisava fazer alguma coisa. Deixar tudo assim, sem punição… Não! De jeito nenhum.

— Acho que vou encarar aquele jogo de squash.

— Tá falando sério, Sônia?

— Não imagina quanto…

— Quarta à noite, então. Afinal, você não tem compromisso até onde sei.

Ele soltou um risinho asqueroso ao dizer, mas não tardava por esperar. Eu não praticava squash há tempo. Mas assemelhava-se a andar de bicicleta. Uma vez em movimento, tudo voltava vívido e natural.

— Sabe onde eu jogo?

— No Squash Center? — Depois da confirmação, fiz de propósito acrescentar: — O Jonatas me falou.

— Bem esse. — Ele esticou-se na cadeira. — Vá preparada para suar — e girou a cadeira para o meu lado —, e para perder. — Olhava para mim esperando, quem sabe uma reação agressiva, mas eu não daria o gosto.  Não me considerava igual aos outros, que encaravam os desafios propostos por ele.

Deixei-o na vontade. Mordendo-se para arrancar uma reação agressiva.

Perto das 10 horas, Osvaldo deu a costumeira saída para a cafeteria da esquina, olhei para o Luís e vi o sorriso preso e o olhar, aquele que deixava escapar quando esperava algum posicionamento meu.

— É o começo do fim… dele.

Luís concordou tímido.

— E você vai junto. Porque quero o registro dessa derrota.

Arrumei minhas coisas no final do dia e planejei minha vingança. Liguei para Jonatas, pouco antes de sair. Ele me devia um favor. A cobrança culminava em uma partida-treino de squash, na terça-feira à noite. Eu sairia do jogo com alguma informação sobre Osvaldo e as táticas empregadas dentro da quadra.

*  *  *

Entrei no pátio do clube na hora marcada, carregando Luís a tiracolo. Vi o carro de Osvaldo em uma das vagas da frente do prédio. Ele me aguardava do lado de dentro, já cercado de conhecidos.

— O pequeno Buda veio testemunhar a derrota?

— Claro… — Melhor deixar pensando. Dei uma piscadinha para Luís.

— Preparada?

— Nasci pronta — mostrei os dentes enquanto ele se despediu daqueles com quem conversava.

Seguimos para o lado das quadras. Todas elas no térreo, na parte dos fundos. De paredes brancas, de um branco aceitável pelo uso, com fachada de vidro, dispostas lado a lado. Seis delas.

Ele girava a raquete num malabarismo nervoso. Eu, repassava as jogadas mentalmente. O som da voz de Jonatas misturado aos sons dos ocupantes das outras quadras, explicando-me como a morosidade de sempre sobre as jogadas costumeiras, os pontos fracos, os pontos fortes.

 

— A perna direita é a perna de apoio. Meus melhores pontos foram marcados pela esquerda. Cuidado com as paralelas. Ele domina essa jogada como ninguém, mas é fraco no lob. Pode pegá-lo com mais facilidade no fundo da quadra.

— Entendi.

— Vamos praticar as suas falhas, Sônia: voleio e boast. Ele não é tão bom quanto diz. De vez em quando dou corda para ele se enforcar.

 

Eu vi Luís mexer no celular. A ordem consistia em filmar tudo e, depois, editar.

O início foi lento. Um querendo conhecer o outro. Ele puxando conversa entre uma jogada e outra e eu driblando a curiosidade com respostas evasivas. Não queria me distrair, nem podia. Depois de meia hora de jogo, me preparei para os golpes treinados.

— O Macedo foi promovido.

A bolinha quicou de volta e  bati com força. Tinha recebido a informação bem antes dele.

— Pois é.

— Logo, logo, serei seu editor-chefe.

Ele correu para perto da parede e se torceu para alcançar.

— Falhando do jeito que falha? Duvido.

Mais uma raquetada forte. Um voleio.

— Macedo não vê outra opção dentro do escritório. — O cansaço dele cambaleava junto da voz.

Ele rebateu minha jogada e eu alcancei a bolinha com sanha.

— E não estou dizendo que você não é competente, Sônia.

O boast foi perfeito. Mal acreditei na jogada que fiz.

— Estou apenas constatando um fato.

Ele tropeçou. Quase caiu.

— Ele jamais escolheria você.

— Você quer dizer que ele prefere um incompetente a escolher uma mulher?

Ele apenas riu, talvez, pensando que eu estivesse brincando por detrás do meu olhar manso e do sorriso simples.

Insuportável, ele era!

Decidi que estava na hora de terminar o jogo.

*  *  *

A manhã da quinta-feira passou de forma pesada. Minhas pernas doíam um pouco, mas a alma lavada por completo. Luís também se vingou de Osvaldo publicando o vídeo da derrota no Whatsapp dos amigos. As imagens circularam e encorajaram comentários de todo o tipo. O orgulhoso tinha sucumbido diante de quem ele humilhava sem dó. Eu exultava de satisfação. A vingança é uma daquelas sobremesas de papaia com licor de cassis ou aquela taça de sorvete de creme com pêssegos em cubos, calda de framboesa, xerém, chantilly e amêndoas laminadas.

Tudo que é bom, entretanto, tem curta duração. Macedo, promovido para a sucursal da capital do Estado vizinho, deixou escapar que o substituto assumiria na sexta-feira. O palpite não era nada bom e a tarde pintou-se interminável.

Osvaldo substituiu o transtorno da derrota na quadra agarrando-se à perspectiva de assumir o cargo. A euforia não o deixava se concentrar no artigo e tampouco deixava os colegas se concentrarem. Tamborilava no tampo da mesa. Girava a cadeira. Batia o pé no chão. Levantava. Olhava pela janela. Sentava.

Eu observava com paciência e pensava nas minhas opções. Se Osvaldo fosse promovido, teria duas, uma vez que a transferência não entrava na lista: pedir demissão ou me submeter à incompetência da criatura.

Minha noite foi tão longa quanto a dele. A sexta-feira despontou com o latejar da minha cabeça e os comprimidos detonaram meu estômago ainda antes de chegar ao trabalho. O clima de apreensão dos funcionários não melhorou em nada meu estado. E ao me sentar, percebi a organização impecável na mesa de Osvaldo. Estava esperando por algum milagre, na certa.

— Onde está Osvaldo? — Virei-me para Luís.

— No banheiro.

Eu gargalhei.

Melhor uma dor de cabeça do que diarreia.

Não terminei de pensar e lá veio ele, todo engomado.

Estava pronta para perguntar se ele estava bem, quando entrou Macedo. Trancou-se no escritório durante uma hora e ninguém se atreveu tecer qualquer comentário. A tensão pulsava no ar enquanto o observávamos limpar a mesa e recolher coisas das gavetas, enfiando dentro de duas caixas.

Não consegui pensar em outra coisa além da possibilidade de ele eleger Osvaldo para substituí-lo. Macedo era burro o bastante para fazer aquilo acontecer.

Quando saiu da sala, o desgraçado chamou todos à atenção e anunciou o nome de um funcionário da filial de Santa Maria como seu substituto. Alguém cuja fama era fazer os funcionários pensarem no inferno como um resort agradável. Macedo driblara a nós dois e escolhera alguém que mal conhecia o funcionamento daquele espaço e que imporia uma ordem indesejada, uma rotina miserável e infeliz. Para terminar, desejou um bom trabalho a todos e pediu para Luís ajudá-lo a carregar seus pertences.

Eu olhei para Osvaldo, indignada e notei a palidez do rosto. As olheiras se sobressaltavam.

— Filho da mãe… — Osvaldo disse, quase inaudível.

Pensei em todas as estratégias organizadas por mim. Lembrei-me de cada item executado. Um inimigo conhecido é um inimigo previsível. As coisas, no entanto, mudavam de maneira drástica. A luta exigia nova abordagem. Olhei para Osvaldo, ainda consumido pela surpresa e ele me devolveu um olhar cúmplice, de pleno entendimento.

— Pegue seu casaco. — Eu me levantei. — Vamos tomar um café e discutir táticas de squash. Precisamos nos preparar para uma guerra.

 

 

Nota:

 

Crescer – [Do lat. crescere.] Verbo intransitivo.

Verbos relacionados com crescer:  nascer, pular, subir, desenvolver, avançar, aumentar, investir, progredir, trepar, ASCENDER, elevar.
Aumentar em volume, grandeza ou extensão; em estatura ou altura; em intensidade, força ou ímpeto; em duração; em número ou em quantidade; multiplicar-se; tornar-se mais longo; aumentar em volume (transitivo circunstancial); nascer e desenvolver-se; medrar (transitivo direto); fazer crescer; aumentar (verbo predicativo); desenvolver-se (transitivo indireto); investir ou avançar; aumentar.

35 comentários em “Devia jogar squash, Sônia – Evelyn Postali

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  1. Olá, Evelyn!
    Que texto adorável! Já no começo você nos revela a situação incômoda da protagonista e imediatamente nos conectamos a ela, suas agruras, suas humilhações e torcemos para que ela se rebele, dê uma lição no seu antagonista para que ele aprende a respeitar não só ela, mas todas as mulheres que ela representa. Soberba tática de empatia. Ao final, verificamos que a vida numa corporação é cruel às vezes, que alianças devem ser feitas para que a gente sobreviva, usando da política sem sermos políticos. A tática de sobrevivência deve falar mais alto, mais alto que o orgulho, mais alto que o desprezo e as desavenças. Entendemos isso claramente ao final. Perfeito. Parabéns!

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    1. A vida tem dessas reviravoltas pela sobrevivência. Ensina que, muitas vezes, aquele dito popular acaba acontecendo também para nós: no amor e na guerra vale tudo, não é? E Sônia é uma sobrevivente. Não sei se, em uma empresa onde as mulheres ocupam cargos menores, onde elas são em menor número, ela conseguirá galgar as escadas da igualdade. É difícil. Existe muita camuflagem. Tem muito camaleão nessa vida. E muitas mulheres, creia, torcem para a perpetuação do machismo.
      Obrigada pela leitura e comentário!
      Grande e carinhoso abraço!

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  2. Querida Evelyn,

    Tudo bem?

    Parabéns pelo golpe de mestre. Fui lendo entretida na história, torcendo pela protagonista, adorando a vitória feminina (rsrsrs), mas como autora pensei… Como ela vai resolver o final. Afinal, a protagonista ganhar a promoção seria muito previsível, embora fosse o final da torcida. Por outro lado, ele ganhar, seria frustrar todas as expectativas e reverter a luta feminina ao nada. Aí, vem a autora com uma carta na manga e nos surpreende.

    Seu texto nos mostra que, neste nosso tempo de luta pela igualdade, só ela (a própria igualdade) é que poderá realmente nos encaminhar para o mundo idealizado onde homens e mulheres são idênticos nas condições no trabalho e na vida. Ao apresentar a situação, você nos coloca no meio da disputa, quem é o mais esperto, o mais forte, o mais ético? Mas, ao nos confrontar com a solução, você vai além, e diz ao leitor: em prol de um objetivo comum, só a união é a solução.

    Gostei.

    Parabéns.

    Beijos
    Paula Giannini

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    1. Mas ainda seremos muito injustiçadas nesse mundo machista. Eu não sou radical nesse lance de feminismo. Não tenho os homens como meus adversários, mas também não dou margem para a perda de território. É bom saber que, quando se quer algo, é preciso abrir mão, muitas vezes, do individualismo. Para chegar ao ponto desejado, temos que fazer alianças. Nem sempre elas são boas alianças. Mas precisamos entender que, se quisermos espaço, temos, sim, muitas vezes, que abrir no tapa, como dizem.
      Obrigada pela leitura e comentário!
      Um grande e carinhosos abraço.

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    1. Pois é Neusa… Nem sempre conseguimos dar a volta sem ajuda. Melhor um inimigo por perto no auxílio do que ser dizimada junto com ele por alguém pior.
      Obrigada por ler e comentar.
      Grande e carinhoso abraços!

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  3. Olá, Evelyn querida. Sempre encontro uma leitura muito profissional, agradável e com fluidez por aqui. Personagens muitíssimo bem arquitetados, diálogos que duelam, e toques bem dosados de humor, ironia e leveza. Um conto sobre o cotidiano da disputa de cargos em empresas privadas. O fato de usarem o Squash como palco para provar a superioridade me lembrou bastante de filmes americanos. Enfim, um conto muito gostoso que se lê seguindo os personagens a cada lance até chegar no final surpreendente. Uma autora pronta para o mercado editorial de qualidade. Adorei.

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    1. Obrigada pelas palavras, Iolandinha! Fico super feliz que tenha gostado dessa história. Era um dos contos capengas do arquivo. Não foi fácil vencer esse prazo, mas está aí. Obrigada pela leitura e comentário!
      Um grande e carinhoso abraço!

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  4. Encanta-me a sua capacidade de contar histórias e o jeito leve e irreverente como você, Evelyn, traduz conceitos e valores. A clareza e a criatividade do texto são evidentes. A surpresa final, a cumplicidade entre os adversários, diverte e faz refletir. Trata-se de uma amostra do cotidiano, da atualidade e das relações entre as pessoas, através de uma experiência fantástica, visual , tátil. Gostei demais. Parabéns! Beijos.

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    1. Obrigada, Fhe! Obrigada por ler e comentar. Gostei de saber que esse conto tem um final adequado para divertir e refletir também. Eu acredito que hoje, mais do que em qualquer outro tempo, a luta pela sobrevivência profissional impõe alianças, acordos, muitas vezes improváveis antes de acontecerem.
      Um grande e carinhoso abraço.

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  5. Olá. É como dizem: se não pode contra o inimigo, junte-se a ele!!! Torci até o último segundo para que Luís também ganhasse alguma promoção rsrsrs. Gostei muito do conto, divertido e simpático. Abç ❤

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  6. Oi Evelyn, o seu conto já me agarrou pelo título e imagem, muito criativos. A narrativa, muito bem contada, remeteu-me aos seriados do tipo The Office, a concorrência desleal do mundo corporativo, e pra nós mulheres tem um peso ainda maior, e isso não é queixume é realidade mesmo, pois vivi isso na pele por 20 anos numa multinacional, a fogueira das vaidades, e você retratou muito bem no texto. A frase “Mas o maldito era machista até o último pentelho daquele saco inoperante e cheio dos dedos do Osvaldo”, foi o uóoo, arrancou-me sorrisos lacônicos. Parabéns. Bjs

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    1. Imagino que não deva ser muito fácil trabalhar numa multinacional. E sendo mulher, então… Fico feliz que tenha gostado do conto e que em alguma parte arrancou sorrisos! Obrigada por ler e comentar. Grande e carinhoso abraço!

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  7. Oi Evelyn, eu gostei bastante do seu conto, transformar um arquiinimigo em aliado é para quem teve muito crescimento e amadurecimento. Muito gostoso de ler, bem escrito, impecável. Os personagens bem marcados e fortes e uma estória simples, mas muito bem aproveitada. Ótimo conto! Parabéns!!

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    1. Obrigada por ler e comentar, Priscila! Que bom que gostou. Pois é. Muitas vezes temos que deixar a competição de lado para nos juntarmos por um objetivo maior. Grande e carinhoso abraço!

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  8. Oi, Evelyn!

    Seu conto é ótimo, tem bastante fluidez, é divertido na medida certa e mantém o leitor entretido.

    Gostei dos personagens, você mostrou um ambiente comum até, que a gente está acostumada a ver em outras histórias, mas com uma mensagem forte, uma bandeira levantada.

    Enquanto lia eu fiquei pensando que estava encaminhando para um romance daqueles bem típicos amor e ódio, achei bom que não ficou nisso, embora esses romances sempre funcionem comigo. rs Mas o final é aberto então dá margem e essa interpretação, gostei que optou pela surpresa para fazer o arremate.

    Enfim, uma história aparentemente simples, mas que foi muito bem executada. Poderia ler muito mais dela, e nem sentiria o tempo passar.

    Parabéns!

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    1. Fico super feliz que tenha gostado. Verdade. É uma história simples. Também cheguei a essa conclusão, porque competições existem o tempo todo. Mas também fiquei feliz que considerou bem executada. Isso me alegrou muito! Obrigada por ler e comentar. Um grande e carinhoso abraço!

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  9. Você documentou com maestria a guerra cotidiana de um escritório. Os personagens são reais porque vejo-os em todos os Bancos em que trabalhei. Isso só é possível devido à técnica apurada. Parabéns, menina!
    Impagável: “Mas o maldito era machista até o último pentelho daquele saco inoperante e cheio dos dedos do Osvaldo.”

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    1. Obrigada, Catarina, por ler e comentar. Eu vejo o mundo muito difícil para as mulheres. Algumas conseguem se libertar das humilhações, do preconceito. Outras, lutam caladas; vão driblando a submissão e o desconforto da desigualdade. Mas eu também vejo que a grande maioria faz perpetuar o mundo machista ao criar filhos machistas e escolher companheiros de igual monta.
      Obrigada novamente pela leitura e comentário.
      Um grande e carinhoso abraço!

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  10. Oi, Evelyn
    Um texto bem moderno.. a linguagem conectada com a tendência, cotidiana, direta, simples e fácil de ler. Perfeita para o mercado literário, eu acho.
    O enredo tb bem atual, mas falando de mim, Kinda.. este universo é bem longe do meu, anos-luz..já nao trabalho fora justamente pq este tipo de ambiente me mataria em instantes! Então, eu naõ me identifiquei com o conto,não sou o público e isto não é culpa de nenhuma de nós..rsrs
    Mas percebo que é um bom conto e que alcança muita gente.
    Parabéns.
    Bjs

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  11. Conto que proporciona uma leitura rápida e divertida. Embora o tema seja atual e sério, impossível não sentir prazer ao acompanhar a disputa pelo cargo. Sônia e Osvaldo julgavam-se no páreo para exercer a chefia, mas eis que o outro sujeito quebra as pernas dos dois e promove um outro candidato. Gostei desse elemento surpresa.
    Conto com ótimo ritmo e linguagem bem fluída.
    Parabéns!

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    1. Super feliz com o comentário, Cláudia! Pois é, nesse mundo nem sempre conseguimos a vitória de forma fácil, ainda mais na pele de mulher. Obrigada por ler e comentar. Um grande e carinhoso abraço!

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  12. Olá Evelyn!
    Tenho vontade de escrever uma história sobre machismo no ambiente profissional.
    O curioso da minha experiência pessoal com machismo no trabalho é que eu não o observava quando era jovem, só depois que fiquei mais velha. Sempre fico na dúvida se a diferença de percepção decorreu do meu amadurecimento, se o machismo piorou à medida que ascendi ou se foi a sociedade mesma que fez um retrocesso nas últimas década.
    Sua história, como sempre, está muito bem organizada. Bons personagens, enredo bem distribuído, clímax e desfecho bem delineados. De bônus, uma mensagem positiva e revigorante ao final. O que dizer, além de: Parabéns pelo ótimo trabalho! Beijo, querida.

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    1. Melissa… A resposta para a sua dúvida pode ser: as três coisas. Quando amadurecemos, evoluímos, não é? É o que se espera. Contudo, o machismo está mais à mostra, e mais violento. E temos uma sociedade em retrocesso. Uma combinação perfeita para que as mulheres sofram, e não somente no mercado profissional. Algumas instituições têm reforçado o medo, a culpa e o silêncio. E posso acrescentar que, no meu entendimento, uma parcela das mulheres reforça tudo isso, perpetua a superioridade do masculino sobre o feminino quando se cala e cria os filhos reprodutores do sistema opressor.
      Obrigada pela leitura e comentário! Um grande e carinhoso abraço!

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  13. Oi, Evelyn!!
    Que maravilha de conto. gosto muitíssimo da forma com que você descreve o cotidiano, as nuances e detalhes, possibilidades e até mesmo o oposto do que esperávamos.
    Assim foi com Sônia, e todo seu preparo na “Arte da Guerra” indo para outro lado, no instante em que ela, muito esperta, percebe a necessidade de imediatamente aliar-se ao “adversário”.
    Leio “fácil” os teus contos, amo, parabéns!!

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  14. olá Evelyn. Gostei dessa forma aparentemente simples que aqui usou para contar a história. É comum os autores “florearem” a linguagem afastando o leitor do foco. Assim é muito melhor. também os factos relatados apenas na aparência são simples. Aqui em Portugal o machismo ainda existe, claro, mas existe uma evidência de camuflagem – não há espaço para atitudes declaradamente machistas, não, pelo menos em ambientes administrativos (penso que na área industrial isso estará um pouco mais atrasado). O que noto é que as mulheres têm grande responsabilidade nas situações menos agradáveis com que ainda se confrontam (isso daria um tratado). Gostei da descrição que fez da vingança – fiquei tentada a experimentar uma sobremesa tão deliciosa…mas na verdade nunca tive, a nível pessoal, motivos para levar alguma à prática e agora estou retirada do mundo laboral (contra minha vontade, mas assim é). É certo que o Osvaldo era um idiota chapado, mas o grande FDP era mesmo o chefe que acabou por tramar os dois. Achei que encontrou um ótimo equilíbrio no final do conto ao levar os dois a juntar forças. Parabéns. Um abraço.

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    1. Cara Ana… Não gosto muito de floreios nos textos, muito embora tenha aprendido a usar descrição de forma melhor. Um texto vazio nem sempre é bom. Precisa aprender a dosar. Eu estava acostumada a escrever demais. Agora, talvez, precise aprender a preencher apenas o necessário porque os últimos que escrevi estão bastante sucintos. Obrigada por ler e comentar. Um grande e carinhoso abraço!

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