História de uma escolha – Neusa Fontolan

Alcanço alguns documentos e coloco na pasta executiva que é minha segunda maior companheira, sem olhar para os lados atravesso o corredor que fica entre as mesas dos empregados. – Grosso – ouço uma funcionária balbuciar. Não perco meu tempo com o comentário, ela é paga para trabalhar e não receber gentilezas. Porém, sem eu querer admitir, aquela palavra dita com tanta repulsa me constrangeu.

Ainda no elevador da empresa, sinto minha primeira maior companheira chegar de mansinho, cutucando, machucando, angustiando, transpassando meu peito como uma adaga, me coage aspirando de volta seu merecido lugar. O seu nome é tristeza. Demasiada é a dor.

Entro no carro e me dobro com os braços apertando o abdômen. Depois de alguns minutos nesta posição, obrigo-me a dirigir. Tenho que chegar ao meu apartamento, engolir um dos muitos remédios antidepressivos, que superlotam meu armário, e me jogar na cama. Preciso seguir em frente.

Tenho dificuldade em abrir a porta e com passos trôpegos me conduzo ao banheiro, minhas mãos tremem quando pego um dos comprimidos e jogo na boca. Agora só preciso arrastar-me até o leito. Tento dormir, porém o insucesso é iminente. “Não resista, deixe-se levar” – murmura minha maior companheira, me sentenciando sem margem para um indulto – “você sabe que só assim irá melhorar”.

Não suportando, eu grito.

— Viviane Nelma de Assumpção! Por quê?

As lágrimas principiam, eu me dobro em posição fetal e entre soluços ecoo sem parar.

— Vine cadê você? Vine… A minha Vine.

Parece-me que faz milhares de anos, mas são apenas seis anos que ela partiu. Não consigo me segurar e viajo de volta ao passado.

————

— Eu vou conseguir. – Afirmo para Vine que me abraça pelas costas com seu rosto encostado ao meu, enquanto repasso as matérias para os próximos exames.

— Nunca duvidei. Você é o melhor aluno da Faculdade.

— Sei que vou passar. Estou falando em ter minha própria empresa de engenharia – essa era a minha obsessão.

— Isso também. Consigo até ver o letreiro. DIOGO ROSS: Engenheiro Civil.

— Que tal: DIOGO E VIVIANE ROSS. – Digo, tirando os olhos dos livros e ela se aproveita aninhando-se em meu colo.

— Não sonhe com isso, você sabe que detesto engenharia, a senhora Ross só aspira ser psicóloga.

— Contanto que você seja a senhora Ross pode ser o que quiser. Amo você demais para me importar com isso. A única coisa que sinto é ter que esperar para torná-la a senhora Ross.

— Meu amor… Eu sou a senhora Ross, já vivemos juntos faz um bom tempo.

— Eu quero mais. Quero crescer, ser alguém bem sucedido, para que você se orgulhe do nome que vai receber.

— Eu não faço questão disso, só quero você.

— Mas eu faço questão. Até agora vivi na miséria, e você sabe de todo o sacrifício que faço para estudar, mesmo sendo mantido com bolsa. Eu quero ter o prazer de dar tudo que você merece. Só temos que aguentar mais uns anos e seremos o casal mais feliz do mundo.

— Isso nós já somos. – Vine enroscou seus lábios nos meus e os livros foram abandonados por algum tempo.

————

Lembro-me do colegial, onde Vine e eu fazíamos parte da mesma turma.

— Você estuda demais – essas foram as primeiras palavras que ela me dirigiu.

— Eu preciso – levantei os olhos dos livros e a encarei para responder.

— Por quê? – Ela me mirou com o típico olhar de quem quer vasculhar sua alma.

— Quero me tornar o melhor engenheiro civil que este país já teve – respondi, dando de ombros.

— Eu nunca vi alguém tão decidido. – Virou-se para se afastar e eu voltei pros livros. Assustei-me quando ela falou novamente.

— Até o maior engenheiro do mundo precisa relaxar às vezes. Quer sair comigo hoje à noite?

— Você quer sair comigo? – Descrente do que ouvia tive que responder a pergunta com outra.

— Sim – afirmou inteiramente segura.

— Não sei se percebeu, mas eu sou o esquisito do colégio, aquele que ninguém se aproxima.

— Você não é esquisito, é um gênio, e isso intimida os outros.

— E você não se sente intimidada?

— Não. Sei exatamente quem eu sou.

— E quem você é?

— A pior aluna do colégio. – Fez beicinho ao afirmar.

Não mentiu quanto a ser a pior aluna, tanto é que eu deslanchei em direção à faculdade com todos os bônus que uma bolsa pode oferecer e ela ficou no colegial.

A partir deste dia minha vida mudou, Viviane tornou-se minha prioridade. O amor cresceu, e incapazes de ficar um longe do outro ela veio morar comigo.

————

Enganchado com a minha maior companheira relembro todas as juras de amor, todas as promessas que fizemos e todos os carinhos. “Eu nunca vou te deixar, eu amo você acima de tudo”.

Mas ela me deixou. Sem nenhum motivo, Vine partiu e levou tudo que era dela, ficou apenas um bilhete que está amassado em minhas mãos nesse momento.

Vou embora para que no futuro você não se arrependa. Amo-te muito para deixar que isso aconteça.

Por favor, não me procure.

O que isso quer dizer? Até hoje não consigo compreender e só posso gritar.

— Por quê?

Não me procure?

A primeira pessoa que questionei foi Andréa, a sua melhor amiga e ela ficou chocada quando percebeu que Viviane se foi sem lhe avisar. Inquiri cada amiga ou conhecido. Ela simplesmente evaporou! Uma vez ela mencionou que seus pais moravam no interior e enviavam uma pensão para que pudesse se sustentar enquanto estudava, não disse em qual cidade.

Decepcionado sem nada encontrar, eu soltei o maior grito agoniado que alguém já deu, e soluçando me encolhi em posição fetal. Essa passou a ser a minha posição preferida por seis anos.

Um oco… Um vazio no infinito do meu ser. Benigno seria escorregar para esse buraco negro e assim ter todos os sentimentos adormecidos.

A vida continua, não é? Enterrei-me nos livros, não conseguia dormir e comecei a tomar remédios para ajudar.

O meu projeto foi concretizado. O sucesso profissional anda de mãos dadas comigo, assim como a tristeza é minha maior companheira.

O que a tristeza faz com uma pessoa? Ela esmaga todos os seus sentidos, te obriga a camuflar, colocando uma camada dura como cimento para que nada mais possa entrar e aumentar sua dor. Torna-te uma pessoa grossa.

Apesar de hoje minha conta bancária ser alta, continuo no pequeno apartamento que morei com Vine, não consigo nem pensar em sair. Andréa até veio me visitar algumas vezes. Assim como eu, ela não se conforma, do nada, Viviane simplesmente foi embora.

Nesse momento encolhido em minha cama, o travesseiro molhado com as lágrimas, revivendo cada sorriso, cada beijo, cada carinho, adormeço com sua voz me dizendo. – Te amo, Diogo Ross.

Desperto com o som da campainha, ainda tonto com o efeito do remédio, vou abrir a porta.

— Andréa? – Acordo de vez.

Andréa não diz uma palavra e coloca em minhas mãos uma carta endereçada a ela. Começo a tremer quando reconheço a letra. Viro o envelope e vejo o endereço do remetente, mas o nome é que prende meus olhos. Sem pensar que estou violando a correspondência de outra pessoa abro o envelope. Dentro outro bilhete.

Como ele está?

Por favor, eu preciso saber.

Mande-me notícias dele, por favor.

— Decidi que ninguém tem mais direito do que você de dizer a ela como está – Andréa fala batendo com o dedo na carta.

Olho novamente o envelope com o endereço, é em uma cidadezinha não muito longe.

— Vou agora mesmo. – Tremendo, empurro a voz embargada.

— Foi o que deduzi. – Andréa não diz mais nada e vai embora deixando a carta.

Chego ao endereço depois de duas horas dirigindo com um turbilhão de pensamentos revoltos. Estaciono em frente da casa e fico olhando, é uma bonita casinha interiorana, com quintal e um belo jardim na frente. Noto uma menina brincando entre as flores e decido descer.

— Olá, linda garota – digo e ela me olha.

— Minha mãe me orientou a não falar com estranhos. – Ela expõe em uma dicção perfeita.

— Então, devo me apresentar, – respondo sorrindo, sinto uma simpatia imediata por aquela menina. – Muito prazer, meu nome é Diogo.

Ela atônita me encara, arregala os olhos em um misto de choque e curiosidade e pergunta.

— Você é meu pai? A minha mãe me contou que o nome do meu pai é Diogo.

Sinto como se um raio tivesse me atingido! Minhas pernas bambeiam, o sangue foge do meu rosto e todos meus pensamentos somem, uma única palavra grita em minha cabeça “Pai”. Fico paralisado com os olhos retidos naquela criança, e furtivamente percebo um casal de velhos que chegam correndo, a senhora segura a menina pela mão e diz.

— Vamos, querida. Vamos dar uma volta na sorveteria.

A garota fica confusa, mas obedece sem discutir. O senhor coloca a mão em meu ombro e fala, antes de seguir a senhora.

— Fique à vontade em minha casa, Diogo.

Continuo na mesma posição, encarando o nada onde antes estava a menina, “Pai”, é só o que consigo pensar.

— Diogo? – Ouço aquela voz que tantas vezes desejei ouvir novamente. Lentamente levanto a cabeça e lá está ela.

O que devo sentir agora? Alegria ou alívio? O que sinto é raiva, uma grande ira se apoderando de todo meu ser.

— Diogo, venha? – Ela chama tentando segurar a minha mão e eu me desvencilho a constrangendo. — Sei que está confuso, mas, por favor, vamos conversar lá dentro?

Ligo o automático que tantas vezes fez parte da minha vida e como um robô a sigo, ainda de cabeça baixa fico parado no meio de um cômodo, nem sei em que parte da casa eu estou.

— Diogo diga alguma coisa… – Viviane implora.

— Você não tinha esse direito! – Eu berro, erguendo a cabeça e avançando para perto dela. Vine estremece e eu me afasto um pouco.

— Eu só pensei em seu bem. – Ela diz, encabulada, cruzando os braços e abaixando a cabeça.

— Meu bem? Ter você ao meu lado seria um bem! Saber que sou pai seria um bem maior! Que direito você tinha de me esconder isso? Alguma vez eu falei que não queria um filho?

— Não. – Viviane levanta a cabeça para me afrontar. – Mas você só falava do grande engenheiro que seria um dia, do progresso que faria, e eu sabia que tinha tudo para conseguir. Você estava fadado ao sucesso. Esse plano não tinha lugar para uma criança, não naquela época.

— Nós teríamos dado um jeito, um filho é tudo.

— Que jeito? Você iria abandonar a faculdade e trabalhar em alguma firminha, para poder sustentar uma família que veio fora de hora. Sei que faria isso… E depois com os anos passando e sua frustração aumentando o que seria de nós?

No estado que estou não consigo responder a altura. Bem lá no fundo sei que ela tem razão, mas não quero admitir visto que a fúria está me corroendo.

— A propósito, você conseguiu? – Ela pergunta me encarando e percebo que também não sabe nada da minha vida nos últimos seis anos.

— Sim, eu consegui, mas o preço que tive que pagar foi muito alto. Eu teria preferido perder a faculdade por mil vezes a perder você.

A tristeza que passo ao dizer essas palavras deve ser enorme, porque ela me olha com agonia e murmura.

— Perdão, por favor, me perdoe?

— Não consigo. Não agora. – A raiva voltou a pesar na minha voz.

Nisso a porta se abre e entra o casal de velhos trazendo a menina segura pelas mãos, ela se solta e corre na minha direção. Ela abraça minhas pernas e diz com toda a emoção que uma criança possa sentir.

— Papai.

Abaixo-me ajoelhando no chão e ela me prende pelo pescoço aconchegando a cabecinha no meu ombro, eu envolvo seu pequeno corpo com meus braços e começo a chorar. É um choro diferente daqueles que estou acostumado, é de libertação. Nesse momento compreendo, vou perdoar, o perdão está bem próximo de acontecer. Será um bom recomeço.

Sinto algo sendo chutado para longe de mim, é a tristeza que foi esmagada pela alegria. Enroscado com aquele pequeno milagre e ainda com as lágrimas molhando meu rosto eu me ponho a rir.

 

17 comentários em “História de uma escolha – Neusa Fontolan

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  1. Um texto lindo e surpreendente. A felicidade logo ali, só faltava haver o encontro. Não concordo com a postura da Viviane, mas é a história que você trouxe, e eu fiquei feliz junto com o protagonista por causa do final. Deve ser um impacto gigante descobrir que é pai de alguém depois de tantos anos. Um beijo, querida e parabéns.

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  2. Emocionante, sou difícil de chorar, mas lendo esse conto chorei várias vezes, Neusa. A descrição da tristeza de Diogo foi muito detalhada, bem trabalhada.
    Achei um pouco exagerada a reação de Viviane com a descoberta da gravidez, e consequente fuga, mas sei que acontece, e quem somos nós para julgar alguém?
    O final é bonito, muito bom, gostei.
    Ali na última linha aparece a palavra Anúncios’, não entendi.
    Um beijo!

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  3. A renúncia por amor. A jovem pensou mais no futuro do amado do que nela própria. E o filho? Não merecia ter um pai por perto? Enfim, escolhas sempre implicam em alguma perda. Texto emocionante, um tanrinho carregado no sentimentalismo, mas muito adequado ao tema do recomeçar. Continue a nadar, digo, continue a nos contar suas historias, Neusa.

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  4. Que estúpida essa mulher! 100-or! Por que esconder algo desse tamanho? Desculpe. Me indignei. Tem umas coisas que me tiram do sério e essa mulher me tirou do sério. Mas enfim. Passou. Acho que esse texto é uma boa reflexão sobre nossos conceitos, sobre nossas escolhas e as consequências. Parabéns! Um grande e carinhoso abraço!

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  5. Oi, Neusa,

    Tudo bem?

    Mais que tudo, seu texto fala de escolhas.

    Será que a escolha da protagonista foi a correta?

    O que nos faz realmente felizes? O amor? A carreira? Filhas? Um conjunto de tudo isso. Concordar ou não com a escolha da protagonista é questão de gosto, de ponto de vista. Porém, vejo nesse conto sua marca indelével. Você nos traz sempre questões de família, que nos lançam à reflexão. Certas ou erradas, escolhas, na maioria das vezes não têm volta.

    Parabéns por esse belo trabalho.

    Beijos
    Paula Giannini

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  6. Um conto clássico, puxando para o drama sentimental. Tipo de trama que se vê em novelas de TV, que quase sempre se inspiram no cotidiano, na vida, nas relações humanas. Vivendo um amor exagerado e fantasioso, Vine imagina estar fazendo bem ao amado ao desaparecer no mundo, evitando se tornar um estorvo, um entrave aos planos profissionais do marido. Ele, por sua vez, carregou demais no peso que deu ao desejo de ser bem sucedido como engenheiro, e acabou provocando na amada esse sentimento de estar sobrando, atrapalhando.
    Tudo isso seria resolvido com uma boa conversa! Ah, a humanidade… Os humanos são os únicos animais que dominam a linguagem, mas parecem não saber usa-la nos momentos mais necessários…

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  7. Olá Neusa.
    Uma história muito sentimental que nos fala de amor, de escolhas, de renúncias. Gostei de ler, o final tem tudo a ver com nosso tema pois fala de um recomeço, uma nova chance para Vine e Diogo. Parabéns pelo ótimo conto! Beijo

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  8. Olá, Neusa!
    É sua estreia em um ciclo temático e veio carregada de drama. As escolhas que se faz na vida é opção pessoal. A abnegada Vine fez a sua em detrimento de sua própria felicidade e a de sua filha, sempre carente de pai. Ela vai na contra-mão de um mundo que cada vez mais individualista e hedonista. O que sobra é sentimento. Muito bom!

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  9. Depois que se termina a leitura, o título faz todo o sentido e explica muita coisa. Imaginei a angústia e a indecisão que se passou na mente da Vine diante algo que poderia mudar não só sua vida, mas também a vida do homem que ela viu se esforçar tanto para conseguir algo que poderia ser destruído. Sinceramente não acredito que um homem chegue a amar uma mulher tanto assim, para entrar em depressão profunda, no máximo, uns meses triste e depois arruma outra, rsrsrs; mas esse é meu lado anti-romântico, hehe, que não tem nada a ver com o texto que ficou ótimo. Abs ❤

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  10. Que bom ler seu texto, dona Neusa, e li de uma vez só, tal o envolvimento. Chegando ao final, fiquei aliviada, até me veio na cabeça a musiquinha “Daqui pra frente, tudo vai ser diferente, você tem que aprender a ser gente…”, rs… Obrigada pelo texto!

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  11. Oi Neusa, vc, carregou as tintas no drama de Diogo, e mostrou, apesar da ambição dele, que o amor, na verdade, era a sua verdadeira meta. Tinha tudo para ter um final triste, à princípio achei que ela tinha morrido, mas, ufa!, gostei do resgate das cinzas do protagonista. E Viviane provou porque era a pior aluna do colégio, oh menina de cabeça oca! Parabéns, bjs.

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  12. Olá, Neusa. Comecei por pensar que o Diogo era um velhinho viúvo e acabei sendo confrontada com um jovem recém-licenciado. Acredito que fosse sua intenção, mas ficou um pouco forçada a tristeza tão profunda e prolongada nessa idade, quando se é abandonado sem explicações. A história está bem enquadrada no tema recomeços e não interessa nada isso de estar ou não de acordo com a opção da menina. Mas no capítulo de verosímil, penso que teria de desenvolver mais essa história para não criar alguns “nós” em quem lê (o facto dela viver próximo, continuar a amá-lo e em todos esses não ter procurado saber nada dele é estranho). É, precisa de mais espaço. Parabéns. Beijos.

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  13. Oi, Neusa! Sua sumida!!
    Eu já tinha lido o conto mas não tinha inscrito meu comentário aqui, não é?
    Muito bom, está bem claro, organizado. ótimo mesmo!
    Eu gostei da trama, porque mostrou bem q o rapaz era focado demasiadamente nos seus planos, até mesmo eu iria comentar que ele não curtia o momento, ficava apenas projetando um futuro feliz, se ele já era feliz no presente com Vine a seu lado…
    Então como ele era muito pragmático, achei bastante óbvio que ela sumisse buchuda pra não atrapalhar seus planos. E ele disse q iria aceitar a gravidez numa boa pq o tempo já havia passado,. mas se fosse lá na hora H, duvido muito. A gente quer uma vida linear e feliz mas não é assim que Deus escreve, lembram-se das linhas tortas? pois é, são elas… 🙂
    bj de saudade!!

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