Rabanada de Panetone – Paula Giannini

Querida menina,

Então, depois de tantos anos, hoje você veio.

O mesmo perfume adocicado. O mesmo olhar meio de lado e aquela mania de sempre, de buscar o teto repetidas vezes, como se ali se encontrassem as respostas para o que quer que fosse. O que quer que, porventura, em sua vida, estivesse fora do lugar.

Você veio.

E pelas mãos puxava sua pequena sósia. Cópia perfeita da menina magricela que um dia iluminou a vida de todos, correndo solta por aqui. Passou os dedos já não tão esguios no desenho do beiral, caçando poeiras que já não importam, do jeitinho mesmo como costumava fazer mamãe. Iguais. Tão parecidas, tanto, que até seu coração a enganou apressado, ao enxergar de passagem, o reflexo da mulher no espelho manchado do vão de entrada.

Você.

Veio.

Alguns poucos quilos mais gorda e muitos problemas mais séria, o penteado diferente e teimando em implicar com a menina. Que olhasse bem por onde andasse. Que pisasse com cuidado por onde seguisse. E que não se sentasse no chão.

Que não saísse correndo rumo ao quintal que cheio de bichos deveria já há muito estar.

E está.

Há muito.

Por aqui, você percebeu ao acudir atrás da pequena teimosa até a árvore do balanço, desde que mamãe se foi, andaram gentes demais. Gente descuidada. Sem tempo para si mesmas, para os outros, para mim.

Arrancaram o comedouro de passarinhos. Em seu lugar, fios de nylon pendurados encardidos, arrebentados e rotos, lhe ensinaram que ali, agora, só os grampos de roupa é que pousam. Pássaros inanimados na inútil tentativa de aproveitar a última réstia do que foi roubado pelos prédios que se ergueram altos e tão próximos. Já não há sol, você suspirou. Já não há privacidade, gritou o agudo da mulher no prédio que nos observa, perguntando por alguém que você jamais soube morar por aqui. Arrancaram o telhado da casinha de bonecas. Suas paredes abrigam hoje quinquilharias inclassificáveis. Restos de fio elétrico, disjuntores, um pedaço de torneira, um ralador, um lápis de colorir, dobradiças. Uma bolinha denunciando que ali, em algum lugar em meio ao entra e sai dos inquilinos, um cachorro correu por onde andaram suas fantasias de criança.

— Eu posso ter um cachorro mamãe? — Que não, foi o que você respondeu. Você agora vive em um prédio alto, mas não tão próximo. E animais, por ali, ao menos por agora, são proibidos. Passarinhos são permitidos. Mas passarinho em gaiola, que graça? Sua filha parece tão esperta quanto você costumava ser. Passarinho em gaiola é pior que grampo pendurado em varal quebrado.

Tudo por aqui lhe parece quebrado, afinal.

Até você soa de um modo rachada ao meio.

Sorte a sua por ter a pequena bem aí, junto de si. A menina é rápida e nostalgia não é palavra conhecida na boca de uma criança.

E a pequerrucha corre, pula, voa, não dá descanso. (Re)descobre seus segredos. Mesmo aqueles que já não mais.

Sobre a mesa, entalhadas à faca, não de inquilino, mas sua, própria e roubada escondida da cozinha, as letras insistem ainda em significar. Luiz, Carlos, Fernando. Nomes de meninos entalhados em corações repovoados e redesenhados repetidas e repetidas vezes.

— C de casa. A de amor. — S de sapo. A de Alice. — Casa. Você a vê orgulhosa em desvendar o enigma. Primeiras palavras. Tradução preciosa na vida de quem agora se inicia nas artes do alfabeto.

Casa.

Sua primeira palavra é também a dela. E é assim que, mais tarde, você contará às amigas sobre a nova emoção que essa velha aqui ainda foi capaz de lhe proporcionar.

Casa.

Aqui você foi você. Feliz. Teimosa. Animada. Nem sempre. Apaixonada. Decepcionada. Tampouco toda vez. Você.

Quem saberá dizer quantas outras você por aí habitaram outros espaços entalhando outros tantos corações de pedra? As palavras. Não as que você tatuou em meus cantos durante quase toda a sua vida. Não. Estas ficarão comigo até amanhã. Até o fim. E sobreviverão, quem sabe, em algum caco de tijolo ou de madeira, talvez na janela da sala da frente, vendida bela como antiguidade em material de demolição.

Espero que sobrevivam em você.

Você veio.

A porta do quarto foi arrombada. Quando? Eu sei. Você não. Você lê sinais nas marcas indeléveis que o tempo dos inquilinos deixou em mim. A maçaneta retorcida não deixa dúvidas. E você recua nem tanto pela inutilidade de entrar no cômodo vazio uma última vez, mas pela menina. Sua salvação vem sempre dela. Dessa vez ela chama para o andar de baixo.

— A campainha tocou.

Você vai.

Segue-a descendo as escadas. Saltando. Degrau sim. Degrau não. Como há tanto ninguém fazia. Nem você. Ela sim. A pequena você.

Na porta da cozinha, as memórias trazem cheiros há tanto não despertos.

Ingredientes… Ovos batidos em um prato, canela e açúcar no outro. Em um terceiro, uma lata de leite condensado e uma de leite de vaca aguardando o mergulho do panetone amanhecido cortado em fatias de dois dedos, um pouco mais.

Cheiros, texturas, gostos e sons dos modos de preparo.

O óleo fervendo na panela grande. E a escumadeira cuidadosa depositando as fatias embebidas em leite e passadas ligeiramente nos ovos.

Você se exibindo. Rabanada de pão qualquer um faz. De panetone, não. Era novidade. Você se queimando. Mas seguindo firme, animada na preparação do doce para o coração de um nome há tanto riscado em sua coleção de flechas e paixões fulminantes. Mais um que passou. Não gostava de panetone.       

— O moço da construtora chegou. — Alice mais uma vez a desperta.  

— Tudo passa. Até as casas… Mas os panetones ficam. — Você não resiste à piada. A menina ri, acostumada que está aos enigmas da mãe.

Ela observa. Você assina. Papéis sérios. Apertos de mão com sorrisos empolgados. Mas não os seus.

Sou a última a resistir em pé. As outras já se foram. As da esquerda, um pouco menores e sem quintal, as da direita, com aquele cacto imenso que até semana passada floria cantando ao mundo sua felicidade em resistir por quase século em uma cidade cinza.

Antes de sair, você ainda se volta. Os olhos marejados, talvez efeito dramático da poeira que paira no ar iluminada pela última luz do dia de hoje.

Amanhã não mais.

Amanhã, você sabe, serei memória, mais uma entre tantas que você construiu por aqui. Quando tudo ruir, um apartamento que, Deus queira, permitirá cachorros, será erguido alto cobrindo o sol daquele que hoje escurece o do seu antigo quintal. E assim a existência segue. O maior engole o menor.

Sua vida segue.

É assim que deve ser.

Você segura Alice pelas mãos e sai resoluta em direção ao carro. Juntas, notamos que ela guarda uma pedrinha. Um pequeno pedaço meu que por um tempo será dela. Agora também temos um segredo.

Ela sorri.

Você não chora.

Tampouco eu.

Não.

Hoje estou feliz.

Hoje você veio.

Pelo retrovisor nos despedimos. Uma carta escrita ao longo de muitos anos. Sem palavras. Somos cúmplices segredando um tempo antigo de se coabitar.

Hoje você me olha.

Amanhã, não mais.    

São Paulo, 25 de fevereiro de 2018.  

   

     

        

 

26 comentários em “Rabanada de Panetone – Paula Giannini

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  1. Adorei seu conto como sempre, esse me retornou ha um tempo já de 7 décadas passadas, a minha casa da Coelho Neto, fiquei emocionada, como você consegue nos levar a deliciosos contos, emocionantes com tanta verdade, simplicidade, romantismo, encantamento, de uma mágia que nos faz viajar a um passado já vivido por essa sua leitora, simplismente maravilhoso, parabéns, continue escrevendo com essa delicadeza e simplicidade.

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  2. Dizer que amo suas receitas seria repetitivo. Pena (e sorte) que postou aqui e não no Desafio do texto experimental, pela construção singular de uma premissa tão simples e emocionante. Você revela-se cada vez mais autêntica em suas expressões literárias. Dentro de um esquema próprio, as suas personagens ganham vida e se manifestam com espontaneidade. Você captura o leitor pela palavra fluida e carregada da poesia natural da vida. Amei mais essa receita. Parabéns. Beijos.

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    1. Oi, querida, que palavras tão doces. Muito obrigada. 😉 Vamos ver se vai gostar do meu conto lá no desafio. Postarei em breve. Beijos

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  3. Mas que conto delicioso! Como as rabanadas de panetone. Fazer conto de pão, todo mundo faz. Mas fazer um de rabanada, só a Paula diva faz.
    Linda essa carta escrita sem palavras pela memória de uma casa a ser demolida. Se as paredes falassem, talvez dissessem esse tipo de coisa. Se pudessem, escreveriam suas memórias em cada pedacinho do que já foi um lar. Lindo conto. Parabéns!

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    1. Oi, querida, Testei e aprovei as rabanadas de panetone. Incrivelmente, dá certo. rsrsrsr
      Obrigada pela leitura carinhosa de sempre. 😉
      Beijos
      Paula Giannini

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  4. Ah… Casas… Nossas casas. As da infância ainda estão lá, penduradas no tempo, nos olhos de nossa alma, a cantar as mesmas cantigas, a sustentar os varais, com gramados e plantas, e flores e céus azuis. As casas guardadoras de memórias, de encantos e desencantos, por que não? São as que nos guardam também, para dentro de janelas e portas, sossegadas, entre cantos de sabiás e gatos perambulando o telhado. Nossa vida sempre segue recheada de casas, muitas que não contamos, e se contamos, inventamos melhor, para não entristecer o sorriso.
    Parabéns pelo conto. Eu amei.

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    1. Querida Evelyn,
      Obrigada pela leitura e pelo comentário, sempre poético, gentil, incentivador…
      Escrevi este conto em homenagem a umas casas (mais de 10) que demoliram na rua onde eu morava. Histórias que se apagam.
      Beijos
      Paula Giannini

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  5. Olá, Paula.

    Li seu conto com um nó na garganta. Difícil segurar uma história que pode ser de muitas. Mas as casas guardam um pedaço de nós, de quem nós fomos e a quem é impossível retornar. Um pedaço de nós que se foi, assim como o rio nunca é o mesmo, nós também não. Ainda que a ele retornemos, ainda que tenhamos as memórias. Muito triste e muito sensível. Belo texto!

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    1. Oi, minha querida,
      Deixei passar esse comentário…
      Obrigada por seu carinho de sempre, pelo nó na garganta, pelo companheirismo de letras.

      Beijos
      Paula Giannini

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  6. Paula, Paula, Paula… Muita criatividade e domínio sobre a emoção! Sabe do que eu me recordei lendo o teu conto? De uma novela chamada Meu Pé de Laranja Lima. Acho difícil vc não conhecer esta obra, mas se não souber, é sobre um menino que conta suas dores para uma árvorãoe que ele havia plantado. A vida do menino não era fácil, e ele tem muitas perdas, mas a dor maior foi quando cortaram a árvore dele, não me recordo o motivo. Eu, quando era criança, tinha pena das bonecas que eu largava de lado, imagina derrubar a casa da infância, acho que as nossas coisas guardam muito de nós, achei seu conto lindo. Beijos.

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  7. Ioio, Ioio, Ioio…

    Você é uma leitora amiga. Obrigada por seu carinho.

    Meu Pé de Laranja Lima permeou toda a minha infância. Minha mãe, fã incondicional de José Mauro de Vasconcellos leu e nos repassou toda a obra dele, fomos criados ouvindo e lendo não só o “Meu Pé”, mas Rosinha Minha Canoa, Ruas Descaças, O Frei Abóbora, O Menino Invisível… Recomendo todos fortemente. É literatura da boa, esquecida como tudo que é bom em nosso país. José Mauro, além de escritor era indianista e lutou junto aos irmãos Villas Boas pelos direitos dos indígenas no Brasil. Vale muito a leitura.

    Sobre a sensação da árvore cortada e desse medo de tudo se acabar, não sei se foi a obra que influenciou a nossa geração, ou se é coisa da vida e do tempo mesmo… Mas sinto exatamente a mesma coisa que você. O tronco cortado e o menino, já homem, sentando nele é uma imagem que me faz chorar até hoje.

    Beijos
    Paula Giannini

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    1. A Paula é especialista no autor de Meu Pé de Laranja Lima, e eu ensinando o padre nosso ao vigário. Passando vergonha, minha cara! Pois é, linda, somos duas sentimentais. Beijos e bom fim de semana!

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  8. Paula, uma gostosura as suas gastronomias literárias. E rabanada de panetone, hummm…ansiosa pelo natal. Um deleite o seu texto, apesar da melancolia, o bucolismo próprio do tema das despedidas, mas assim mesmo curti com a boca salivando, cada palavra no devido cômodo da casa, perfeitamente encaixadas. Bjs amada.

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    1. Oi, querida,
      Só hoje li seu comentário.
      Obrigada pelo carinho. Que bom que deu água na boca. Experimente a receita. É maravilhosa.
      Beijos
      Paula Giannini

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  9. Oi Paula! Que tema interessante esse que você nos trouxe. Li seu conto lembrando da casa onde eu passava férias quando criança, cercada por primos e amigos. Quem sabe me inspiro a usá-la como cenário de alguma narrativa. Há uma certa melancolia mas a escolha de fazer a personagem acompanhar-se de uma criança trouxe um feliz contraponto de leveza ao texto. Muito bom, querida! Beijos.

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    1. Oi, Elisa,
      Que bom saber que lhe inspirei.
      Todos temos uma casa dentro de nós. Não é?
      Beijos
      Paula Giannini

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  10. Miga! Me fizestes chorar aqui… Seu conto me lembrou muito uma historinha da Disney que a minha mae lia pra mim quando eu era criança. A história de uma casinha que ia sendo imprensada pelos arranhacéus ao seu lado. Eu chorava toda vez que ouvia, mas sempre pedia pra ouvir de novo e de novo. Quando minha mae perguntava porque eu queria ouvir de novo, se a história me fazia chorar, eu respondia que eu gostava, porque me lembrava o meu passado. Agora, me diz: o que uma criança de 3 anos tem de passado pra lembrar? rsrs
    Mas eu sei que sim, com 3 anos já estamos formando nossas primeiras memórias, que nos acompanharão por toda a vida. A casa, pra mim, é o símbolo de tudo. Eu até hoje sinto saudades da casa em que morei os primeiros 20 anos da minha vida. Sempre que eu sonho que estou em casa, é lá, naquela casa que eu estou. E já fazem 26 anos que eu não piso mais lá. Mas se fechar os olhos ainda consigo ver cada cantinho.
    Você também tem lua em câncer??? rsrsrs
    Falando sério, Paula, Vc tem uma capacidade muito particular de levar o leitor para o fundo da alma, faz a gente catar lá no fundo do baú sentimentos que já estavam esquecidos. Vc resgata imagens, cheiros, sabores, de uma forma muito bonita. Um talento incrível mesmo! Parabéns e obrigada!

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    1. Oi, Jú,
      Você é sempre muito generosa ao falar de meus textos. Nem sei o que dizer.
      Olha, não tenho a lua em câncer, tenho em virgem e o ascendente em áries. Mas tenho algo importante em câncer que não lembro o que é…ahahha
      Sobre a casa, já falei isso para a Elisa, acho que todos temos uma casa dentro de nós.
      Obrigada por sua leitura tão amorosa.
      Beijos
      Paula Giannini

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  11. Olá, Paula!

    Que ideia interessante, uma carta de memórias de uma casa, das coisas que nela foram vividas, e você consegue transformar algo tão cotidiano, ou deliberadamente simples em algo poético, profundo. Como já disseram sua escrita, suas histórias tem muita autenticidade, Paula!

    A ambientação ficou ótima, descrições belíssimas, emoção na dose certa. É sempre muito gostoso ler seus contos, literalmente! rs

    Parabéns pelo texto.

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    1. Oi, Amanda,
      Você não imagina como é bom ler os comentários aqui nas contistas, todas sabendo quem é quem. 😉
      Obrigada por seu carinho, por sua leitura.
      Que bom que é gostoso. rrsrs
      Beijos
      Paula Giannini

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  12. Oi, Paula!
    Li seu conto assim que você postou, pensei que tivesse comentado, mas acho que foi no face…enfim, mas que maravilha de conto, que sutil, belo, tocante, acho impressionante a capacidade que você tem de tocar – imediatamente – o coração, a mente e alma do leitor.
    Já tinha lido e relido, hoje o mesmo….sou nostálgica, acho que sempre fui, desde que me entendo por gente, passou um filme aqui na minha cabeça. Ao mesmo tempo em que a saudade nos faz chorar, a certeza de que tudo está como deve estar nos empurra pra frente.
    Parabéns, parabéns, parabéns!
    Beijos!

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    1. Querida Renata,
      Seu comentário e um conto em si.
      “… a saudade nos faz chorar, a certeza de que tudo está como deve estar nos empurra pra frente.”
      Obrigada por suas palavras.
      Beijos
      Paula Giannini

      Curtido por 1 pessoa

  13. Olá. Que conto mais lindo, e triste… Fiquei com um nó na garganta 😦
    Sabe o que me veio à mente? Aquela menininha do conto Pão do Céu, como se anos mais tarde ela estivesse retornando à casa do avô, não sei porque, talvez pela receita, mas foi a imagem que me veio.
    Perfeito! ❤
    Abraços.

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    1. Oi, Vanessa,
      Obrigada pela leitura.
      Sim, a receita é quase a mesma, mas fiz o tal panetone de rabanada e amei. Então, não poderia me furtar a criar um conto. rsrsrs
      Pode, sim, ser a mesma menina. Por que não? Isso me dá uma ideia de um livro conto romance receita.
      Beijos
      Paula Giannini

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  14. Olá, Paula. Foi pela altura em que li este conto a primeira vez, que interrompi as leituras e comentários (que atraso levo!). Li e mergulhei em recordações e elucubrações, já retomei algumas vezes e sucede sempre o mesmo: leio e fico perdida dentro de mim. Depois não sei o que dizer. Mas, vendo bem, que mais e melhor poderia dizer-lhe que istoi mesmo? que me pega pela mão e me conduz ao mais fundo, ao mais querido, a todas essas doces recordações associadas à casa em que vivi a minha infância? Muito bom, Paula, muito bom. Como sempre. Um grande abraço.

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