Poderia ter sido um dia como outro qualquer, numa tarde de sol quente e brisa fresca na pequena cidade do Vale do Sol. Um lugar que parecia esquecido pelo tempo e agraciado em demasia pelo sol, envolta por montanhas rochosas e vegetação tímida, porém inspiradora. Nela habitava um povo resiliente e pouco impressionável. Os forasteiros que por ventura aqui chegavam, diziam que a melhor forma de encontrar o Vale era se perdendo.
Como em um dia de domingo, os moradores vestiram seus melhores trajes e encaminharam-se para a pequena, porém majestosa, capela.
Era o dia do meu casamento.
Olhei-me diante do espelho e sorri, era o sorriso genuíno de uma moça simples que entregar-se-ia ao homem que amava. Meus cabelos, negros como a noite, eram realçados pela coroa de flores frescas, brancas, colhidas e arranjadas por minha mãe. Meus olhos estavam ainda maiores com o brilho de esmeraldas faiscantes de felicidade. O vestido, uma herança das mulheres da família, fora ajustado cuidadosamente ao meu corpo, a renda floral ainda carregava o frescor do branco.
A capela brilhava ao sol do fim de tarde, sua torre imponente abriga o pequeno sino que replicava anunciando que o casamento iria começar.
A marcha nupcial tocou e caminhei de encontro a meu noivo, dali a pouco, futuro marido. Fernando vestia-se de branco, os cabelos longos presos em um pequeno rabo de cavalo, sorria pra mim como no primeiro dia que nos conhecemos. Não cansava de admirar sua beleza, a pele alva e o rosto liso tão diferente dos homens que conhecia, o olhar sedutor com o brilho da safira combinava perfeitamente com o sorriso fácil e largo. Era um homem admirável que atraiu a atenção de todas as moças solteiras da cidade, talvez não somente as solteiras. O que um homem como ele fazia neste fim de mundo? Era o que todos se perguntavam. A mim não importava os motivos, ele me escolheu e era com satisfação que caminhava de encontro a ele sob o olhar de todas.
Ele me recebeu com um beijo casto na testa, segurou minha mão levando-me até o altar onde o padre nos aguardava para começar a cerimônia.
Não mais que de repente, as portas da igreja foram abertas com um som estrondoso. Um homem de chapéu, trajado de negro adentrava a capela, logo atrás de sua figura negra havia mais dois.
O espanto dos convidados só não foi maior que a de Fernando, que parecia estar vendo o próprio demônio.
Apesar de sua figura lúgubre, o forasteiro tinha um rosto nobre, olhos castanhos sombreados por espessas sobrancelhas, os olhos eram duros, mas não cruéis, carregavam um brilho intenso como o de uma criança diante de seu brinquedo favorito. Um sorriso que identifiquei como triunfo dava forma aos lábios finos, porém bem traçados.
– Senhores, senhoras… Senhorita. Peço desculpas, mas tenho uma dívida a cobrar. – anunciou.
A mão de Fernando soltou-se da minha, em um movimento rápido ele se afastou. Ainda pude perceber o horror que transfigurou seu rosto. O homem de preto sacou um revólver e, sem ao menos hesitar, atirou. O tempo pareceu congelar quando o vi cair, meu grito ficou preso na garganta, a cacofonia ao redor tornou-se estranhamente silenciosa. Ajoelhei-me diante dele, seu imaculado terno tingia-se de vermelho assim como o meu vestido.
– O primeiro tiro é a melhor forma de saber se o que está fazendo é o correto, se não houver dúvidas, o segundo é apenas para confirmar. – disse ele, pronto para atirar novamente.
– Não! – gritei.
– Santo Deus, homem! O que está fazendo? É a casa do senhor! – desesperou-se o padre.
– Ora, Padre. Apenas cumpro uma promessa e o senhor bem sabe que devemos sempre honrá-las. Jurei a este homem que no momento que eu o visse novamente lhe cobraria a dívida que tem comigo, não importava onde, como ou quando – e ele sabia o preço.
– Ajude-o papai! – gritei. Meu pai, que era médico, estava mudo e com apenas um olhar do homem de preto, também ficou surdo.
– Sinto-me estranhamente desconfortável com seu sofrimento, senhorita. Tens minha promessa de que irei compensá-la, embora esteja ciente que indiretamente estou lhe prestando um favor o qual irá me agradecer futuramente.
Para espanto de todos, levantei e empurrei-o tentando dar-lhe um tapa, o qual ele defendeu ao menor esforço.
– Covarde! – cuspir-lhe.
A igreja ficou num silêncio mortal. Os convidados olhavam uns para os outros sem saber o que fazer, mas a curiosidade daquela gente ignorante acostumadas com o inesperado era maior que o medo.
– Está aí. – disse ele limpando o rosto – Covarde é algo do qual nunca ninguém havia me acusado. Para mostrar-lhe o quão benevolente posso ser, não irei atirar em um homem caído, cabe a ele o seu destino. Se sobreviver, deixarei que se levante e a despose, terei minha dívida como quitada. Se não for homem o suficiente para isto, creio que irá perecer em seus braços.
Fui de encontro a Fernando e implorei-lhe que resistisse, meu pai com o aval do homem prestou os socorros.
Ele não resistiu, tal como dissera padeceu em meus braços.
– Bem, minha missão termina por aqui, reitero minha promessa de dar a assistência necessária a fim de sanar os danos que causei… Além disso. – ele se aproximou e levantou delicadamente meu rosto paralisado. – Quando seu luto terminar e caso a senhorita dê o consentimento, seria uma imensa honra fazer-lhe a corte, quase sinto pena desse infeliz por ter perdido tamanha sorte.
E assim como veio, ele se foi, deixando-me no altar de mãos dadas com meu noivo morto. Um sentimento até então desconhecido brotou em meu peito, como erva daninha, tomou por completo o espaço que antes era preenchido por ingenuidade e pureza diante da vida.
O que aconteceu depois daquele dia mudou tudo em mim, menos isso, esse sentimento tornou-se uma maldição que só podia ser quebrada de uma única forma.
Disseram-me que não devia me vestir de luto, se eu não casei não sou viúva, até mesmo os meus sentimentos tornaram-se inverossímeis. Em um mês a trágica história fora esquecida, substituída por outra tão ou mais emocionante, como o duelo de dois cavalheiros pela mão de uma dama, os dois morreram e ela espera um filho de um terceiro: definitivamente mais emocionante.
Da minha história restou apenas eu, o túmulo de Fernando… e ele – que sempre cumpria suas promessas. Um mês depois, um burburinho anunciou sua chegada na cidade novamente, como num passe de mágica meu pai conseguiu dinheiro para coisas que antes não podíamos ter, foi com pesar que descobri que a boa fase de minha família devia-se a morte de Fernando.
Então, o Homem de preto que se chamava Heitor, passou a fazer-me a corte, tal como ele dissera – com meu consentimento. E todos, sem exceção, disseram-me o quanto eu era sortuda.
Quase dois anos se passaram desde então.
Toda história tem um começo, um meio e um fim, pelo desfecho que escolho agora preciso esquecer completamente o meio.
Olho pela janela e vejo as pessoas caminhando apressadas rumo a capela, vestem seus melhores trajes, todos excitados com o mais recente evento da cidade.
Hoje é o dia do meu casamento.
Minha mãe entra no quarto espantando meus devaneios, faz uma careta de desgosto quando olha pra mim, ainda não se acostumou com meu vestido, mas já desistira de tentar me convencer a mudá-lo. Ela usa um vestido azul encomendado na mais cara modista da cidade, as jóias também estão presentes deixando sua figura exagerada e sem elegância alguma, meu pai, que há muito não me olha nos olhos está mais modesto, mas nem de longe lembra o homem simples que uma vez fora. Olhar para eles faz com que as ervas daninhas serpenteiem por lugares que ainda não haviam sido tomados em meu coração.
– Vamos, querida, chegou a hora.
– Podem ir.
Eles entreolham-se preocupados.
– Filha…
– Eu não vou fugir, pai, contudo, não entrarei de braços dados com o senhor, irei sozinha, quando estiver pronta.
– Querida…
– Essas são as minhas condições!
Quando vejo que não há mais ninguém em casa permito-me gritar até que minha energia dissipe e minha mente fique vazia de lembranças que tenho lutado para manter longe no dia de hoje. Quando o efeito esperado acontece me levanto, dou uma última olhada no espelho e um fantasma antigo aparece, uma garota de branco e sorriso radiante, é somente isso que eu preciso lembrar.
Ando pela rua deixando que o vestido se arraste pelas vielas empoeiradas. A tarde está fria, apesar do sol poente, um vento frio balança os galhos das árvores e dezenas de folhas secas dançam ao meu redor, me acompanhando até a capela que está enfeitada com rosas vermelhas, muito diferente das brancas de um passado recente.
Assim que me vê, um menino corre para dentro para anunciar a chegada da noiva. Meu coração acelera quando vejo as portas se abrir e a marcha nupcial tocar.
Começo a andar.
Ignoro o espanto dos convidados diante de minha figura, busco apenas um olhar entre todos.
A surpresa dura apenas um segundo e logo dá lugar a diversão. Ele parece analisar minuciosamente meu vestido rubro, um sorrisinho brota no canto de sua boca. Ele está de negro, como sempre, meu coração aperta com a lembrança indesejada que este fato me traz, uma lembrança daquele meio que tento não lembrar, do motivo pelo qual aquele homem está sempre de luto.
Então paro.
Minha cabeça está baixa e minha respiração acelera em descompasso. O enorme buquê de rosas carmesim que carrego com tanta força, logo se transforma em outra coisa, algo menos doce e floral, algo mais… mortal.
Quando saco o revólver e aponto para meu noivo a cacofonia começa. Grito para que ninguém se aproxime ou saia da capela, peço silêncio, primeiro educadamente, quando não obtenho resultado dou um tiro ao alto. Os dois companheiros inseparáveis de Heitor que sempre estão armados olham-me sem saber o que fazer, em suas faces há descrença e decepção. Novamente flashes de sorrisos e conversas divertidas assolam meu juízo. Um deles, Benjamin, aponta sua arma pra mim, mas é detido com apenas uma ordem de Heitor.
– Deixem-na.
– Heitor…
Ele me encara, seu olhar havia uma seriedade até então desconhecida por mim, achei que conhecia todas as suas facetas, aprendi a decifrar quando está mentindo, quando está sorrindo sem humor, quando está sendo sincero, dissimulado, furioso, apaixonado…
Balanço a cabeça como quem quer espantar algo que incomoda. Dou mais um passo.
– Agora entendo o que fez – digo – Fernando era um crápula e tirou de ti algo irreparável, a dívida foi cobrada e, talvez, tenha merecido a sua justiça implacável. Se alguém tivesse tirado de mim algo irreparável meu desejo seria fazer a mesma coisa.
Dou mais um passo, minha mão está firme tal como ele me ensinou.
– E é aqui que chegamos a um impasse, porque eu o amava… – minha voz treme – e você o tirou de mim! E por mais que eu tente… e eu tentei tanto! esse sentimento não muda.
– O amor? – ele pergunta, há pequenas faíscas como fogo prestes a ascender em seus olhos.
– Não… a vingança. – digo – Não por ele, por mim, pelo que fez comigo. Você abriu meus olhos e minha mente para muitas coisas e eu agradeço por isso… Mas, não posso seguir em frente com essa dívida que tens comigo.
Ele balança a cabeça quase que imperceptivelmente, como quem entende perfeitamente o que estou fazendo…entende o que há em meu coração.
– E como posso pagar essa dívida, amor?
A pergunta, nós dois sabíamos, era retórica.
Minha garganta aperta, não consigo responder. Era este o preço? Olho em volta novamente e me assusto com a quantidade de pessoas olhando-me, havia esquecido que estavam ali, sussurrando, julgando-me.
– Só há uma forma de eu saber. – digo.
Ele fecha os olhos como quem amaldiçoa a si próprio.
– Se vai fazer isso faça direito, a primeira regra é…
– Não hesite – lhe interrompo acertando-lhe um tiro – O primeiro é para ter certeza se é isso que eu quero, o segundo apenas para confirmar.
Ele cai de joelhos, a mão vai direto ao peito e logo fica manchada de sangue. Benjamim avança sobre mim, meu instinto me faz revidar e lutamos pela arma.
– Porque fez isso? Porque? – ele grita comigo.
– Eu precisava…solte-me, Ben!
– Deixe…ela. – ouço Heitor falar, sua voz um lamento de dor.
– O inferno que vou deixar ela atirar em você de novo, o que tá esperando para cuidar dele, velho? – ele pergunta ao meu pai, que parece ser a pessoa a precisar de ajuda.
– Eu quero saber…a resposta. – continua Heitor, lutando para a voz ficar mais firme. – Deixe ela terminar.
Ben olha pra Heitor em desalento, as vestes negras não deixam possível ver a extensão do ferimento.
Eu atirei no peito dele. No coração.
Ele me solta, sinto-me desnorteada, um zumbido incansável invade meus ouvidos, a arma passa a pesar mil quilos.
Enquanto caminho a passos lentos em sua direção, permito-me visitar as lembranças, os momentos em que a tristeza e incerteza deram lugar a descobertas, sobre mim, sobre meus sonhos, sobre o mundo. O momento em que meu coração aqueceu diante do seu sorriso e de seu toque, das vezes em que involuntariamente me vi admirada com sua filosofia de vida. “Você pode ser o que quiser” ele me dissera quando eu havia desistido de mim. “Você decide o tamanho dos seus sonhos e o caminho a seguir em busca deles” “Não hesite’’.
Ainda de joelhos ele levanta a cabeça pra mim, o suor escorre por seu rosto, ele trinca os dentes para conter-se diante da dor. Meu coração é envolvido por uma sombra e um medo que nunca experimentei antes toma conta dele.
– Cabe a ti o teu destino. – repito suas palavras que tamanho impacto tiveram em mim no passado. – Se sobreviver, irá se levantar e desposar-me, então sua dívida comigo estará quitada. Agora…se não fores homem suficiente para isso, temo que irá padecer aos meus pés, tornando assim, minha vida miserável para sempre…pois estará tirando de mim novamente algo que amo.
Uma emoção passa por seus olhos. Ele firma seu braço no chão para apoiar mas isso só faz com que tropece. Não o ajudo, nem acho que ele queira que eu o faça.
– Eu gostaria de não ter te ensinado a atirar tão bem, amor.
Ele faz mais uma tentativa e agora sim consegue firmar-se. Nos encaramos, ele puxa um cordão do seu pescoço, no medalhão que fora de sua irmã a bala está incrustada.
– Você atirou diretamente no meu coração, eu estar vivo agora é uma questão de sorte ou destino. – em sua voz há uma mistura de fascínio e amargor.
A bala atravessou mais da metade do medalhão, ele abre a camisa onde uma ferida aberta mina sangue.
– De todas as minhas cicatrizes essa será a minha preferida, pois nunca saberei, acredito que nem você, se a intenção era acabar no primeiro ato, ou não.
Ele tem razão, não tenho essa resposta pois a mulher de minutos atrás não é a mesma de agora. E agora só o que eu posso sentir é alívio. Olho para meus pais e sei que não me reconhecem, a filha deles deixou de existir há muito, morreu junto com seus sonhos tolos e pequenos.
Como um maestro, Heitor fez com que todos estivessem em seus postos, o casamento enfim irá se realizar. Ninguém se espanta com isso, é como se qualquer absurdo se tornasse absolutamente banal para eles.
Heitor pede que eu entre novamente e com bastante relutância, o padre, que já vem calejado de tantas loucuras acontecendo em sua paróquia aceita dar continuidade ao casamento, atribui a vida de Heitor como um milagre de Deus, portanto, ele não pode recusar.
Caminho em sua direção e meu coração enfim está leve. Heitor uma vez me disse que éramos imperfeitos um para o outro, talvez ele tenha razão, talvez não tenha jeito certo de amar…ou apenas somos dois loucos que o destino resolveu unir de um modo totalmente inusitado.
– Está me devendo uma noite de núpcias sem limitações. – ele sussurra assim que ficamos diante do altar. Seu rosto ainda carrega o semblante de dor por mais que tente disfarçar.
– Olhe pelo lado positivo, você disse-me uma vez que queria boas histórias para contar aos nossos filhos, imagine a cara deles quando souberem como nos conhecemos e como nos casamos.
Ele sorri.
– Como foi difícil te conquistar e ainda assim você tentou me matar. – ele diz amargurado, mas com o familiar brilho de diversão nos olhos.
Permito-me então destrancar todas as gavetas da minha mente, deixando que aquela parte que estava faltando juntar-se a nossa história como um quebra cabeça fascinante, mas difícil de montar.
– Você pode me cobrar. – digo.
Ele me olha intensamente.
– Eu vou.
Nossa! Que conto foi este, mulher! Bem escrito, emocionante, grandioso! Parecia estar assistindo a um filme de Tarantino, mas com um enredo melhor do que os dele! Adorei os seus personagens cheios de fibra moral, suas descrições e, especialmente o modo como vc mostrou as percepções da garota. AMEI! Vc escreve muito e me encanta. Parabéns por mais este mimo literário.
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Oi, Iolanda!! Que comentário maravilhoso! rs Me sinto verdadeiramente lisonjeada e feliz por ter gostado e pelas comparações, já pensou, Tarantino? Que honra! Ficou muito feliz que tenha gostado, me diverti escrevendo ele e queria que dessa essa impressão mesmo, queria ambientar ainda mais no faroeste mas me faltou prática pra isso ainda, tenho muito que melhorar nesse quesito!
Muito obrigada!!
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Que história, Amanda! Já havia lido no celular e agora reli para comentar. Sua história me soou como uma versão feminina de um faroeste. Logo no começo a descrição da remota Vale do Sol trouxe esse clima de faroeste. Depois, a medalinha salvadora de Heitor, pareceu-me uma referência aos filmes do gênero. Além, é claro, da vingança como motivação da heroína. Sim, concordo com a Iolanda que há um clima meio Tarantino na sua trama temperado pelo seu talento para nos contar boas histórias. Gostei demais, garota! Beijos.
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Oi, Elisa!
Muito feliz que tenha gostado, seu comentário fez muita diferença pra mim! Minha intenção era fazer essa ambientação faroeste mesmo, ficou ainda um pouco singela…mas vou melhorando pouco a pouco. Foi uma ótima experiência pra mim, tendo sempre a escrever de forma aleatória até encontrar o meu estilo.
Muito obrigada, mesmo!
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Uau, Amanda!
Que maravilha de conto, já disse isso muitas vezes e repito: você tem uma imaginação e uma paixão para escrever absurdos de bons!
Ritmo ágil, tenso, personalidades bem delineadas e uma interrogação, desde a mote do noivo: por quê?
O final é magnífico, surpreendente e explosivo. Tenho medo desses dois juntos na lua de mel rsrs
Arrasou, Amanda!
Bjokas
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O conto me surpreendeu pela temática. Achei bem dramático, mas no ponto certo para criar uma trama envolvente. Os personagens interagem de acordo com um juramento de vingança, algo que ficou condicionado como justiça. Em interessante você usar três cores: branco (Pureza, inocência), preto (luto, morte, oculto) e vermelho (paixão, sangue e vingança). A narrativa está bem alinhavada e seguimos a trama ansiosas para saber que destino terá a moça. O final deixa em aberto se o marido vai se vingar da narradora ou não. Relacionamento bem passional. Gostei muito.
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Nossa! Romântico e mortífero rsrs, uma história de amor interrompido lavado com sangue, mas acredito que no final o casamento acabou dando certo, com os “temperamentos” combinando direitinho… O vestido rubro pra mim pareceu que a noiva não era mais inocente, sabia bem o que queria dessa vez. Muito bom!
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Ah, Amanda, adoro seus contos!! Esse aqui foi totalmente inesperado. Achei que ela iria matá-lo realmente, mas não, acabou casando-se com ele!!!! Não quero nem imaginar como serão as brigas do casal! Demais, muito bom, adorei.
Abs ❤
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Oi Amanda, vc. nos presenteou com uma narrativa de faroeste, Kill Bill parte 1, rsrs. Amor, vingança, perdão, tudo junto e misturado, e no final, até que uma bala no coração nos separe. Um conto sabrinesco com sangue, suor e lágrimas! Show, abçs.
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Eu tenho mesmo uma invejinha de quem consegue inventar histórias tão originais e mirabolantes. Você e a Iolandinha são feras nisso. Eu tenho muita dificuldade em criar histórias maiores e com muitas reviravoltas. Parabéns, Amanda! Eu tb fiquei imaginando as cenas de um filme. Talvez por isso eu tenha achado que algumas passagens estão mais explicativas que outras. Mas acho q é questão de amadurecer apenas, o conto está muito bom. Eu também sugeriria vc tentar escrever em 3a pessoa. Em vários momentos da leitura fiquei imaginando se não seria melhor, e facilitaria nas passagens de tempo que o conto dá. Beijos e parabéns!
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Eita! Vingança é algo que movimenta o mundo, sem sombra de dúvida. E seu texto mexeu com meu imaginário e com minhas emoções. Porque está bem escrito, sim, mas porque nos faz refletir sobre perdas e danos. Melhor balança na vida depois do amor. Parabéns! Um grande e carinhoso abraço!
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Querida Amanda,
Seu conto é um far west brasileiro e tem uma pegada muito boa.
Você criou uma protagonista forte, ativa e dona do próprio destino. Aind assim, todos os outros personagens são forte e muito bem construídos. Pai, mãe, noivo morto, noivo matador, até o padre tem sua graça. Embora bem diferente, lembrou-me Lisbela e o Prisoneiro, pelo clima de Sertão Caboclo.
Interessante como assistimos a um filme ao ler seus contos. Se quer uma marca, essa é a sua, sem sombra de dúvidas. 😉
Parabéns.
Beijos
Paula Giannini
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Amor X Vingança. Venceu o amor, quero acreditar, porque o final ficou aberto. Amei o conto, o cenário, a ambientação, personagens e figurino peculiares, os sentimentos exaltados…
Parabéns, por mais um trabalho de qualidade. Beijos.
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Olá, Amanda! Que conto mais envolvente, não? Para mim, tem uma mistura de O Dólar Furado, onde o mocinho é salvo com uma moeda de um dólar, e a Megera Domada, o famoso romance de Shakespeare, tudo isso ambientado no sertão brasileiro. Reviravoltas, personagens bem concebidos, uma mulher de fibra, um pai escorregadio. Querer mais que isso? Parabéns pela ótima história. Faço apenas duas ressalvas:
Olhe pelo lado positivo, você disse-me uma vez >
Olhe pelo lado positivo, você ME disse uma vez
A capela brilhava ao sol do fim de tarde, sua torre imponente abriga o pequeno sino que replicava anunciando que o casamento iria começar. >
A capela brilhava ao sol do fim de tarde, sua torre imponente abrigaVA o pequeno sino que replicava anunciando que o casamento iria começar.
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Uau, Amanda! Fiquei sem fôlego!
Muito boa trama… e com final feliz! Dificil isso, geralmente pra ficar inusitado, o final tem q ser trágico hehe Você se saiu muito bem com este amor inteligente, cheio de personalidade e força!
Parabéns!
❤
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ahh esqueci de dizer que amei esta frase aqui… me fez pensar por bastante tempo!
“Olhar para eles faz com que as ervas daninhas serpenteiem por lugares que ainda não haviam sido tomados em meu coração.”
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