Mais um dia chegava ao fim, naquele distante Brasil. Tão distante, quanto belo e sofrido.
Na terra das chuvas o pouco era sempre muito, pra bem, ou pra mal.
Misto de cor, dor e beleza, que fugia a qualquer compreensão.
Até mesmo os destinos, mais que noutro lugar qualquer, pareciam seguir um roteiro escrito por mãos sábias e um tanto cruéis, invariavelmente misteriosas.
Iberê trazia no rosto as marcas do tempo, da vida, assim como o solo dos caminhos ficam sulcados pelas muitas águas ou pelas muitas secas, rugas precoces que contavam histórias de força, de luta e superação.
De perdas, muitas – mas o sangue guerreiro de seus antepassados, os sobreviventes mundurukus, correria até o fim em suas veias, quisesse ele, ou não.
Veios abertos
Sulcos da terra
Almas e armas
Árvores, tantas
Vida em chamas
O incompreensível
Valas e vítimas
Lágrimas e velas
Mais um dia…
Terra de chuvas
Caminho do fim…
Olhou as mãos sujas de terra – uma terra pobre e úmida. Terra estéril, como os próprios seios de sua mãe de criação foram, outrora.
As unhas sujas nos longos dedos já habituados ao ofício que era considerado por muitos em sua vila como maldição.
Chegavam a aconselhar que procurasse o pajé, que com uma reza daria jeito nos dedos tortos, duros e anestesiados.
Mas depois que deixou a tribo nunca deu ouvidos a nada, era mesmo o mundo e a vida, a pajelança que ele precisava.
Todos em Araxá tinham medo dele, viravam o rosto e acreditavam que fingindo não ver, não seriam tão facilmente atingidos pela má influência da simples presença dele.
Iberê sabia muito do que dizia, calava muito mais do que devia. Já não sentia nada.
Não sentia mais, apenas fazia o trabalho que devia ser feito: era a ordem chegar, e Iberê ia lá a galope, cumprir.
Por enquanto seguia a vida, naqueles tempos sombrios, vivenciando a morte, todo santo dia.
Coveiro, o único em toda a região que não tinha medo de pegar os corpos sem vida, vítimas da doença desconhecida para os ribeirinhos, mas que vinha matando.
Matando muito, pensou, mais do que ordem de grileiro, incêndio ou tromba d’água.
“Tem que aguentar”, o lema para toda adversidade.
Naquele dia enterrou mais de vinte corpos sem nome, sexo, idade.
As famílias não podiam se aproximar, mas Iberê ouvia o choro – e era um choro sentido, incontido, vindo de índio, de negro, de branco.
Choro de gente é tudo igual, sabia.
Dor é rasgo no coração que estraçalha a alma, e não faz distinção de nada: credo, raça, cor.
É somente dor.
Terminava o serviço e olhava para as valas, pensando em todos aqueles que há pouco caminhavam sobre a terra, e sorriam, amavam, choravam.
E agora jaziam, restos que em breve seriam pó, como a terra arenosa que lhes cobria os corpos.
Olhou para o céu que ia tomando lindos tons violáceos e alaranjados, aos poucos se misturando com aquela fumaça amarela, vinda do meio da floresta.
O desmatamento, a ganância, o absurdo avanço do crime, tornado banal.
Observou, indiferente, a revoada de tucanos que gritavam num frenesi que não fazia mais sentido para o homem.
Anahi…o plano. Não esquecia, nunca.
O serviço daquele dia estava encerrado. Agora só na manhã seguinte.
Desejou que houvesse menos trabalho, não por medo de cavar, que isso ele nunca teve, mas porque a dor de tanta gente já estava lhe magoando o coração; logo ele, que endurecera tanto, que já não conseguia chorar.
Tornou a olhar para o céu, de pé sobre uma cova, a pá na mão, olhar de quem tudo compreende e tudo aceita, mas nada sabe.
Os pássaros, a algazarra da liberdade de quem pode voar…
Certa vez ouviu um grupo de turistas gritar e aplaudir, extasiado, a beleza que era aquele momento.
Meneou a cabeça, franziu o cenho, continuou imerso nas lembranças.
Isso foi na época em que encetou trabalho como guia turístico no Rio Pedreira, famoso pela beleza, mas também pela quantidade de piranhas, que atacavam sem dó quem entrasse sem medo no rio.
Muitos ribeirinhos eram mordidos de vez em quando, confundindo a dita cuja com pacu, durante as pescarias.
Piranha quando sentia cheiro de sangue ou quando estava pronta para pôr ovos era garantia de ataque violento.
Sorriu um sorriso de canto de boca, lembrando do desespero de um turistinha metido à besta que resolveu nadar com os peixes e saiu todo arrebentado de dentada.
O sangue que escorria das pernas do homem acendeu seus olhos, percebeu que tinha um prazer estranho e especial em ver bicho – principalmente bicho homem – sangrar.
Aquele sentimento ruim dentro do peito, que Coaraci não conseguia tirar, que talvez fosse praga, ou coisa pior, seria sua companhia, até o fim dos seus dias sobre a terra.
Uma raiva de ser diferente, de ser visto como semente da discórdia, de ter vindo ao mundo à custa da vida da mãe.
Solitário em meio à escuridão absoluta e sem prestar muito de sua atenção aos ruídos noturnos tão seus conhecidos, Iberê chegou à casa de palafita, isolada de tudo.
Era época da seca e a canoa não estava sendo usada. Isso já era um alívio para o homem.
Abriu a porta, fez um ritual de limpeza e proteção aprendido há muito tempo, com seus antepassados.
Assim que cruzasse o corpo Jurupari não poderia mais entrar na casa, nem enviar nenhum de seus emissários das trevas para lhe fazer mal.
Na parede, um retrato desfocado da mãe, Iramaia, que ele nunca conhecera. A mãe de criação, a avó materna, dizia que seu pai era um yanci, que encantado com a formosura da jovem índia, deitara-se com ela na beira do rio, sob a luz da lua cheia.
Daquela relação proibida era ele, Iberê, o resultado.
Quando a barriga de Iramaia começou a crescer, o conselho dos antigos do clã se reuniu, para decidir o que fazer.
Iramaia deveria, seguindo os costumes, casar com o primo, filho da irmã de seu pai.
Casamento com yanci, homem branco, naquele tempo não era aceito pelos clãs, e resolveram encontrar o homem branco para fazer justiça à honra de uma wako, que tinha sido arruinada.
No entanto o homem desaparecera, sem deixar vestígios.
A moça permaneceria na oca, isolada, até o nascimento da criança, que seria então entregue aos avós, para ser criada como filha.
Quanto à desafortunada mulher, passaria o resto de seus dias sozinha, como punição pela ousadia de deitar com um homem, e branco – segundo ela dizia – sem a licença do casamento.
Iramaia passara a gravidez muito triste, definhando a olhos vistos, enquanto a barriga crescia, alheia às condições físicas e psicológicas da moça.
Numa noite de calor insuportável, em que a chuva caía torrencialmente de um lado da aldeia, e do outro lado o céu era estrelado e a lua cheia brilhava, protetora e provocante, Iramaia sentia as dores agudas do parto.
Suava, febril e delirante, segurando os gritos, enquanto olhava por uma fresta para Yaci, a Lua, que fizera com que ela se apaixonasse imensamente pelo yanci que deixara-lhe, como recordação, a criança que agora devia nascer.
A parteira, anciã com dom de pegar a barriga, fazia tanto ou mais esforço que Iramaia, enquanto as mulheres mais velhas faziam suas rezas, pedindo a Yaci que ajudasse e a criança visse logo a luz.
Um grito mais forte, quase como um uivo varou a madrugada, e Iberê veio ao mundo.
A jovem, já sem forças, só pode acariciar a cabeça do filho, sussurrar seu nome entre lágrimas, e morrer.
A parteira, olhos aterrados, examinou a criança – constatou: “O curumim é filho de bicho.”
O tal homem branco enganou a todos. Era bicho. O Yorixiriamori, o deus-ave cantor, que disfarçado de yanci encantou Iramaia, e partiu.”
O último suspiro de Iramaia veio no mesmo instante do primeiro choro de Iberê.
A avó, aquela que seria a mãe, pegou o menino nos braços, saiu da oca e o apresentou à Yaci, dizendo:
“Oh, Yaci, que olha por todos nós que aqui embaixo temos que aguentar, me ajuda a levar esse menino até a idade grande, sob a tua proteção. Que nada do pai bicho possa aflorar, e que do meu camb possa jorrar o leite que fará dele um homem etê, e que seu pai, o Yorixiriamori, caia no eçaraia, até que sejam chegados os dias.”
E assim se fez.
A avó de Iberê o trouxe ao seio, magro e quase sem leite, até quando pode.
Só deixou de amamentar o menino quando ele próprio decidiu.
Após a primeira iniciação o pequeno curumim, ares de guerreiro, havia dito à mãe que já era tempo de sair do peito.
Contava com a idade de cinco anos e avó sentiu-se aliviada. Era árduo o trabalho na tribo, além de amamentar com dificuldades o neto-deus-bicho, e ajudar com as outras crianças, como é o costume.
Iberê lembrava de sua história. Anahi…
Pensou nos anos de luta, no trabalho, nas pajelanças a que fora submetido, todas com o intuito de lançar para fora dele o mal que estava arraigado em seu corpo, desde o instante de sua concepção.
O pajé lançara mão de vários sortilégios, Iberê enfrentou dias e noites ao relento, conheceu seus bons espíritos, guerreou com seus demônios.
E venceu um a um, guerreiro dos bons, como era tradição na sua tribo.
Um dia, cansado da vida dura, de ser olhado com medo, de ver seus primos e primas sendo prometidos em casamento, enquanto a ele cabia sempre – e só – a função de guerreiro, de provedor, de protetor, resolveu partir.
Estava apaixonado por uma jovem que já tinha casamento marcado com um primo, a doce Anahi.
Sabia que jamais poderia ser marido de ninguém, mas ainda assim procurou os anciões, que de imediato negaram seu pedido, dizendo que sua missão era outra.
Nesse dia saiu da aldeia, jurando não mais voltar.
Sentia no peito a revolta pelo preço a pagar por um destino que não fora escolhido por ele, e que poderia muito bem – quem sabe? – ser crendice, nada mais.
Os dias e noites iam se passando, sem grandes novidades.
Era a mata, as águas, as chuvas, as terras, pobres e necessitadas, assim como seu povo.
A vida.
Um dia, já tarde, voltava do trabalho. Extenuado, deprimido pelas cenas que vira, resolveu se aproximar um pouco da aldeia, quase sem querer, seguindo um fluxo de intuição que brotava num canto quase esquecido de sua alma.
Iberê tinha sede de vingança.
Queria se vingar de todos que impediram que fosse feliz do jeito que desejava.
Pensava nos comentários que ouvia: “Filho de bicho”, “o novo yorixiriamori, aquele que encantava as mulheres e fugia”, “o demônio que enterrava pessoas por diversão”, coisas assim.
O tumulto de lembranças crescia em sua cabeça, enquanto sentia o peito expandindo, as costas alargando, o osso no centro do peito se expandindo, enquanto estruturas tomavam forma e sentia a plenitude de ser chegado o momento da libertação, antes tão vivida durante as pajelanças sem fim.
Finalmente ergueu os braços para o céu e abriu suas asas, de um multicolorido intenso, só comparado ao mais belo arco-íris já visto em todos os tempos.
Contraiu e expandiu os novos membros, preparados para voo.
Então, ele era mesmo o homem-bicho, como seu pai, como todos os que vieram antes de seu pai foram, um dia.
Sentiu e tornou-se o mais belo índio que já foi visto em todos os tempos, nas terras, céus e infernos criados por Monã.
O único. Já não era Iberê, era também yorixiriamori, o deus-ave-cantor, aquele que seduzia as mulheres com seu canto, com seu encanto.
E depois fugia.
Foi assim então, com sua mãe?
Tudo fazia sentido. Seduziria Anahi, deixando um filho dele em seu ventre.
Assim sua missão de filho de bicho seria cumprida. Não se foge ao destino.
Melhor, mataria a mulher, e esperaria escondido para matar aquele a quem ela estava prometida.
Fugiria depois para as matas, e jamais voltaria a ser visto.
Aproximou-se do rio, cantando a canção mais divinal e sedutora cantada por um ser vivente.
Sentada às margens estava Anahi, os pés dentro d’água, pensativa.
Olhou em volta, buscando a origem do som.
Então avistou Iberê, e dele vinha todo magnetismo que a enfeitiçou e a fez esquecer de tudo.
A noite havia caído, e sob a luz de Yaci os dois entregaram-se à paixão com sofreguidão, sem medo.
Era, então, chegado o momento.
Iberê beijou a jovem, e uma lágrima desceu pelo seu rosto, transformado.
As mãos fortes, deslizando pela face da jovem, pararam no pescoço – apertando, cada vez mais forte…
Anahi não sentia medo. Estava pronta.
Amanhecia e os homens da tribo tinham sido alertados do sumiço da jovem, e vinham à sua procura, armados e preparados para combater e resgatar Anahi.
Iberê afrouxou a pressão no pescoço de Anahi, beijando a face lívida da moça.
Levantou-se, e assim todos os homens da tribo viram o índio-pássaro, com mais de dois metros de altura, forte e radiante, rei absoluto da situação.
Ante o olhar aterrado dos homens, estendeu a mão para Anahi, envolveu a amada com suas imensas asas e voou por cima dos homens, para além da aldeia, pelas matas e terras de chuvas, para um sem tempo e espaço infinitos, em direção às estrelas, sob as bênçãos de Yaci.
Iberê cumprira, enfim, sua missão.
E até hoje o povo ribeirinho da Vila Amazonas conta com medo e admiração a história de amor entre o terrível homem-pássaro, com a jovem índia Anahi.
Dizem que tiveram três filhos, todos homens pássaros, e vivem na mais alta árvore, no meio da floresta, e que chegará o dia em que seus filhos cantarão e seduzirão outras mulheres, assim como tem sido, desde que Monã criara esse mundo, na distante terra das chuvas, num lugar qualquer, no coração da Amazônia.
FIM
Eita, mulher! Vc aqui não escreveu um conto, vc criou uma lenda, e que lenda bonita! Fiquei imaginando a floresta, as piranhas, as covas, e toda a saga da concepção de Iberê até o seu encontro com a mulher amada. Quem sonharia com este desfecho fantástico? Só Renata e sua imaginação sem barreiras.
Ah, como deve ser lindo um homem pássaro com asas coloridas voando até a árvore mais alta e ficando fora do alcance das pessoas que não sabem lidar com o que é diferente!
Amei sua história. Uma verdadeira saga poética.
Beijos, querida.
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Iolandinha,
Muito obrigada por ler, comentar…e ler tão atenciosamente e perceber o que vai além das palavras.
Vc é muito generosa!
Bjokas!!
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Iolandinha, você é sempre uma querida ❤ Já li seu comentário há um tempinho, mas hoje consegui vir responder (perdão pela demora). Então, esse conto e essa lenda surgiram como mágica na minha cabeça…muito obrigada mesmo pela leitura e pelo comentário, bjokas!!
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Nossa, estou admirada com tudo o que li, Renata e imaginando você a escrever tudo isso como você falou, correndo para participar. Que história linda e forte. Sem meias palavras, bem no estilo das histórias que costumo ler que são como essa, contando de lendas, de causos, de folclore… E daria para fazer uma história em série, não é? O ritmo me lembrou algumas poesias suas e o melhor de tudo: li a história com a sua voz. Adorei, Renata!
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Uau, Amana ❤
Gratidão, gratidão…que bom que vc gostou….escrevi Iberê com ujm carinho muito grande, senti como se ele fosse realmente vivo, com suas histórias, percalços, luta e libertação.
Vou pensar na continuação…obrigada!!
Beijos
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Amana, olha, fico feliz demais quando leio um comment tão positivo assim, principalmente no tocante ao “minha voz”…isso pra mim é um bom sinal 🙂 E quem sabe possa vir uma continuação por aí, uma mistura de fantasia com FC, quem sabe rsss Bjokas, amiga!!
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Este conto foi um dos meus favoritos no desafio Amazônia. Você já sabe disso. Eu achei lindo e com as suas cores tão fortes e profundas. Parabéns mais uma vez.
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Oi, Claudia!
Obrigada ❤
Sim, vc enche meu coração de alegria. Obrigada por ler e comentar, sempre com tanta sensibilidade e generosidade….
Muitos beijos!!
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Claudia querida…sim, eu sei, seu comentário lá foi lindo, e mais uma vez agradeço pela sensibilidade na leitura, agradeço por ter gostado, pelo comentário…muitos beijos!!
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Oi Renata. Empenhada aqui na minha maratona Contistas, estava ansiosa para chegar no seu conto. Que história. guria. Três em uma, na minha opinião. A da concepção do Iberê, a da vida dele até seu desabrochar como homem pássaro e a dele e sua Anahi juntos. Achei incrível. E que imagem linda esse pássaro colorido, imponente e sedutor. Enquanto lia, veio-me a mente a história de Leda e o Cisne, é incrível como esses mitos convergem. Sua exuberância como escritora transborda mais uma vez nesse texto, o que é maravilhoso. Um beijo, querida. E parabéns pelo texto encantatório.
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Eita, Elisa, que assim eu “me sinto” rsrs…muito obrigada pela leitura, pelo comentário – e pela comparação…é verdade e não tinha pensado nisso. Obrigada mesmo. Bjokas!! ❤
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Olá, baby!!
Então que ser um homem-bicho não é tão ruim.. pode ser lindo, como suas asas coloridas!! Um homem-pássaro romantico.. espero q seus filhos tb o sejam e não abandonem as moças por ae hehe criarão um povo do alto das árvores? 🙂
já to viajando aqui… rsrs
bjs
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Oii, Kinda!! E não que essa lenda existe mesmo? Não é muito conhecida, mas quando resolvi escrever, o tal pássaro veio cantar nos meus ouvidos rsrs. Obrigada pela leitura e pelo comentário, queridona. Bjokas!!
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Oi, Rê, já tinha lido este seu maravilhoso conto no desafio Entrecontos, apesar de não ter participado. Adorei. Excelente a suas história, muito criativa e bem contada. Parabéns.
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Oi, Fê!! Sim, eu mostrei pra você (depois do resultado rs). Muito obrigada sempre, pela leitura e pela generosidade. Bjokas!!
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Querida Renata,
Que conto mais lindo. Uma homenagem a nosso país com tanta poesia, força e com sua inconfundível marca humana (e social) mesmo nas entrelinhas da poesia tão imagética que nos faz enxergar o homem pássaro, suas asas, sua força… Sim, você tem uma marca visível e muito pessoal.
Sou sua fã.
Parabéns.
Beijos
Paula Giannini
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Oi, Paula!! Gratidão…ficoimensamente feliz quando vejo que meus escritos fazem sentido… e mais, fazem sentir, principalmente quando vem de uma alma linda como a sua. E que honra….eu que sou sua fã, e demais!! Bjokas!!
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Voltei para dizer que o texto ficou na minha cabeça durante todo o dia… 😉
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Oi, Paula!
Que maravilhoso comentário…é muito bom ser lida e compreendida para além das palavras…
Fico feliz que tenha gostado, obrigada de coração pela força de sempre.
Muitos beijos!
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Paula…agora fiquei curiosa 🥰🤔🎶
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O que é isto? A Lenda da Libertação? O Patinho Feio, século XXI. Amei essa narrativa de caráter maravilhoso em que Iberê se amplificou e se transformou sob o efeito da evocação poética.
Sensibilidade, tristeza e deslumbre marcam essa ficção. Parabéns pela escolha do tema e pela seleção dos conflitos e pelo estilo delicado e envolvente. Não sei dizer se o texto é escrito em prosa ou em versos, ou ambos…
Gostei da maneira que o texto foi narrado, fluiu bem. A trama apresenta-se filosófica, reflexiva, mostrando dúvidas e defeitos dos personagens.
De qualquer forma, um texto competente. Um abraço carinhoso.
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Oi, Fatima…primeiro, gratidão, muita. Segundo: como eu amo seus comentários, o tanto de carinho, atenção e sensibilidade que você tem ao escrevê-los, só podem ser fruto de uma mente atenta e generosa, sempre. Um comentário assim, vindo de você, dá vontade de fotografar e guardar, para algum momento futuro. Iberê é muito importante para mim, mergulhei de forma inexplicável na vida desse nosso índio mestiço deus/lenda, perdido e marginalizado, que tem um final feliz. Muito obrigada, beijos!!
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Olá. Que história mais bonita. Por vezes fiquei com medo de que ele se revoltasse com a perseguição das pessoas e começasse a matar, mas no fim, o amor venceu. Ótima narrativa e história. Bjs ❤
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Oi, Vanessa!!
Amei seu comentário…olha, quase que Iberê vira o vilão rs, mas deixei o personagem seguir o rumo que fui intuindo.
Que bom que gostou, obrigada pela leitura!
Bjokas!!
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Olá, Re! Que belo conto o seu. Trata-se de uma lenda de um ser encantado que diz respeito aos povos amazônicos e à Amazônia. E que parece vicejar em cada linha, respirar em cada palavra de homenagem a essa bela região onde atualmente vivo e da qual aprendi a amar. E a honrar. O povo ribeirinho é genuíno em seus sentimentos e crentes de suas lendas. O caboclo amazonense, como o chamam por aqui, relegado à invisibilidade por boa parte da elite e dos governantes, merece esse seu carinho. Seu conto é uma homenagem e um gesto de amor! Lindo demais.
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Oi, Sandra!
Muito obrigada pela leitura atenta, pelo comentário sensível…
Sim, essa terra é abençoada, amo toda a região, sou amapaense, lembrei um pouco das lendas e busquei uma menos conhecida, trazendo o lado desse invisível.
Que bom que gostou!!
Bjokas!!..
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Simplesmente adorável!
Escrever sobre as histórias que permeiam nosso país é para poucos. Eu simplesmente amei. Porque a história vai crescendo e despertando imagens em nós. De uma riqueza ímpar. Obrigada por nos brindar com ela.
Parabéns.
Um grande e carinhoso abraço.
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