Luana estava exausta.
– O que foi, baby?
Luana ficou em silêncio.
– Conte o que aconteceu.
Luana deixou uma lágrima escorrer.
– Você não vai querer que eu imagine, né? Posso passar a noite toda levantando suposições.
Luana escondeu o rosto entre as mãos e chorou de soluçar.
– Ahh… Meu bem! Venha cá, não chore, não…
Luana descansou naquele abraço e dormiu profundamente.
Quando amanheceu o marido sondou o semblante de Luana e perguntou:
– Está melhor, amor? Agora pode me contar o que houve?
– Contar o quê?
– Por que você estava chorando ontem à noite?
– Não foi nada, não.
– Claro que foi alguma coisa, você chorou!
– Eu estava exausta.
Anorkinda
Oi Kinda,
Nossa!
Tão simples, tão normal.
Esse texto traz uma história real, diária, atrás da porta de qualquer casa.
Às vezes, só um bom choro resolve.
Amo a singeleza de falar disso. Adorei.
Bjos
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Oi, Kinda, achei bastante interessante o modo como você conseguiu fazer um microonto sem reviravoltas, sem “truques!, que conseguiu ser, talvez por isso mesmo, surpreendente. O final que arrancou um sorriso. Você retrata ago corriqueiro, com o que nos identificamos. Muito legal. Parabéns.
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A imagem e o texto conduzem o leitor para uma cena dramática, de angústia e suspense. Mas não, claro, é só uma mulher muito cansada. Como microconto, o texto está perfeito. É engraçado, não chega a emocionar — e nem é essa a proposta — mas faz rir, o que, se pararamos para pensar, é quase a mesma coisa, só que do outro lado da moeda.
Parabéns pela formatação em diálogos ágeis, críveis, por transformar o corriqueiro em pura poesia.
Beijos.
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Aqui percebo as duas faces. Uma esposa cansada. Um marido que tenta entender, mas a esposa não deixa claro. Ninguém é capaz de saber o que se passa com o outro sem q este lhe comunique. Tenho agonia qdo pergunto o que foi e a pessoa diz “nada não”, mas continua com a mesma expressão. TPM, talvez, e dependendo do tempo de convivência, o marido nem precisava mais perguntar, porque se tivesse real interesse, saberia. Con-viver é complicado, exige muito esforço e querer. Um pequeno texto, mas que faz pensar muito. Bjs ❤
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Será mesmo que a mulher disse a verdade com o seu “nada não”? OU ao acordar, depois de uma noite de sono, percebeu que não valia a pena esticar o assunto? Deixou pra lá e convenceu-se de que havia sido apenas cansaço. Cansada do quê? Do esforço físico na labuta diária? Ou estava cansada da vida que levava, talvez até mesmo do marido, que apesar de parecer tão compreensivo e companheiro, já não era o companheiro ideal? Tendo a pensar que ela estava apenas cansada, exausta, e precisava extravasar em lágrimas. E depois, um novo dia a animou a seguir.
Texto simples, limpo, que deixa um sorriso no rosto do leitor. Ah, foi só isso… Parabéns!
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Cena típica entre casais. Ambos geralmente sabem o q está acontecendo, um finge que não sabe, o outro finge que não sente. Mas a verdade é que cansa. Um final aberto, deixando para o leitor infinitas possibilidades. Gostei, Kinda, muito bom!
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Querida Kinda,
Texto em forma dramática. Gosto muito! É nesse formato que podemos vislumbrar recortes de um cotidiano como quem espia pela fechadura. Um flash, uma cena de uma vida. Quantas possibilidades abertas em porta para o leitor imaginar… Perfeito mesmo.
Parabéns.
Beijos
Paula Giannini
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“o melhor lugar do mundo é dentro de um abraço” – aquela música faz todo o sentido. E, muitas vezes, para exorcizar nossos demônios, o melhor mesmo é chorar. Lavar a alma, limpar por dentro. Deixar que tudo vá embora com a água. Não por nada, esse conto tem muita força para mim e, apesar de parecer simples – um simples fato, um pequeno momento – carrega um universo.
Parabéns pelo texto.
Beijos e abraços carinhosos.
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Li seu texto com a sua vozinha, Kinda. Tão você, sobretudo esse “baby”. O texto é preciso em capturar um momento íntimo de um casal Nele, o acolhimento que independe de motivos e explicações e que faz qualquer casamento valer a pena. Gostei muito. Só o imagino narrado na sua voz. Beijos, querida.
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Oi, Kinda!
Verdade, quantas vezes aquele choro é o que nos vai trazer a força parra o próximo dia….e quantos sentimentos vão, em meio às dores e lágrimas, que não são ditas, mas que se transformam, através do descanso, da paz na alma? Bem reflexivo…amei.
Beijos!
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Sei bem como é. Chorar de cansaço, chorar de desespero, chorar pela falta de reconhecimento, chorar porque está cheia e a dor nos transborda. Viver. cansa. Ser invisível. cansa. Não ser amada, cansa. Fingir que não magoou, cansa. Acho que eu sou a Luana.
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