Abraçou o irmão,
abraçou o pai.
A mãe garantiu:
haveria outras vezes,
sempre que quisesse.
A menina entrou no carro
se agarrando a essa promessa.
Do banco do carro acenou,
sensação de algo se partindo,
e não era o vidro da janela.
Talvez um frágil bibelô.
Homem e menino então
foram sumindo,
mais e mais distantes,
tal qual sua infância.
Imagem: Mabel Amber, no site Pixabay.
Apaixonada, aqui, pela cadencia, pelo ritmo melódico dos versos; mas, sobretudo, pela delicadeza da mensagem contida neles.Parabéns Amana! Escreva mais poemas! Beijos!
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Lindo poema. Belíssima e tristre mensagem. A parte onde faz a analogia com o vidro se partindo foi uma ótima ideia. Parabéns.
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Esse tocou forte aqui! Maravilhoso, Bia!
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Olá, Bia! Um poema comovente, escrito com muita sensibilidade e ritmo. Vc arrasa nos poemas! Parabéns!
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Olá!
Então, as linhas deixam claro que a menina estava assumindo alguma responsabilidade. Um casamento talvez? O distanciamento para ir trabalhar ou estudar em algum lugar distante da família? Gostei bastante, porque você deu vazão ao sentimento de transformação, de abrir mão de algo. Tem tom triste e trágico ao mesmo tempo.
Parabéns!
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Querida Amana,
Muito bom. Sensível metáfora com o vidro que nos separa do mundo, enquanto assistimos à vida lá fora. Uma despedida, uma cisão…
Muito bom mesmo.
Parabéns.
Beijos
Paula Giannini
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Um poema triste, sensível. Distâncias são só distâncias quando podem ser medidas, quando não é separação. Os seres humanos são complicados. São frágeis. Porque é impossível ficar alheio o tempo todo aos sentimentos.
Parabéns pela belíssima construção.
Beijos e abraços carinhosos.
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Uma realidade triste, menina irmã deixa meio irmão e pai para trás, sempre podem se ver, mas não é a mesma coisa… Todavia, é a vida que se tem… belo e profundo… ❤
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