A tarde escorrendo
calda
secos, os lábios tremem
um estalo
: a língua nos dentes
a nuvem-creme desliza
formando
um arco-íris no céu
da boca
__ escorrega, gelado
o sorvete, às entranhas.
SORVE(R)TE – Elisa Ribeiro
Projeto Literário
A tarde escorrendo
calda
secos, os lábios tremem
um estalo
: a língua nos dentes
a nuvem-creme desliza
formando
um arco-íris no céu
da boca
__ escorrega, gelado
o sorvete, às entranhas.
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As Contistas 
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Obrigada por compartilhar :))
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Quanta sensualidade neste deslizar de vogais que se replicam. Muito inteligente o formato. Parabéns. O formato causa o efeito, as palavras o estendem, entendem, o leitor entende e entende também a brincadeira com o substantivo sorvete e o verbo sorver. E ainda usa uma divindade da mitologia nórdica para assinar. Chique.
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Poesia sensorial! Amei. Dá para sentir os gostos, as temperaturas. Louca para fazer esta poesia viajar aqui para os leitores famintos.
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Esse eu acho que reconheço a linguagem… hehehehehe… amei, lindo, com cada palavra no lugar e um erostismo que cabe muito bem à luxúria que é comer bem!
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Nada sobra, nada falta, perfeito. Muito saboroso esse sorverte. Adorei o título tb. Parabéns.
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Hum, sorvete combina tudo com pizza. Que tal substituir o travessão por underscore? A chata das sugestões, rs. Parabéns!
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Ui, deu até um arrepio aqui… esses versos que deslizam feito o sorvete na garganta. Refrescou meus pensamentos. Muito bom!
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Uau! Que sensual. Gostei.
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