distanciamento.
esse é um belo exercício, e não falo aqui de distanciamento entre as pessoas, mas das expectativas delas em relação à uma ação.
é entender que a gente age conforme nossos princípios, aprendizados, vivências e que, ao provocar uma reação exasperada no outro (que esperava algo totalmente diferente de nós), o foco não está em nós, mas naquele que “espera” algo, no outro.
minha primeira reação, como sempre, é o sofrimento: “poderia ter feito diferente, eu fiz errado, por que eu fui fazer/falar isso?“
o “fiz errado”, o arrependimento, toma conta de mim.
mas deixando passar umas horas, talvez dias e, às vezes, meses, eu consigo olhar para trás, me distanciar da cena e ver que o outro esperava algo de mim – também a partir das suas próprias experiências e expectativas – que eu não daria. e aí consigo ver.
o outro espera o que dá.
cada um dá o que tem.
com isso, a equação não fecha pra ninguém.
que a gente sempre possa fazer esses experimentos de distanciamento para perceber que a gente erra muito, mas erra mais aos olhos do outro.
para mim ainda é difícil, mas eu continuo me esforçando.
brigar, xingar e ficar guardando rancor ainda são formas mais fáceis de viver, mas muito mais doídas e amargas, para todos.
com o tempo, a gente começa a confiar no tempo.
Entendi seu dilema sobre ‘distanciamento’. Eis nossas dificuldades! Mas avançamos sempre no crscimento e na ‘arte’. Precisamos nos livrar dos ‘pré-conceitos interior’. Um bom exemplo é escrever sobre algo que não vivenciamos como, por exemplo, o conto erótico. Eu particularmente tenho grande aborrecimento, pois, resito em falar do não vivenciei. Mas prefiro me ‘ocupar’ de coisas mais tamgíveis. Sinto que a psinálise que fiz por mais de 20 anos(descontinuados), serviu-me muito. Hoje com 69 anos, 40 de advocacia, com um mestrado, curso de doutorado, pesecialização e muitos textos(2 publicados), sinto uma vontade imensa de ‘explodir’. O que me causa paralisação são os custos financeiros e o medo de nossos sonhos. Mas vamos em frente. Abraço, Assis Rondônia.
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Vamos em frente, Assis! Obrigada pela visita e comentário!
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Republicou isso em REBLOGADOR.
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Há como distanciarmos de nós mesmos? Essas perguntas me afligem muito no dia de hoje “poderia ter feito diferente, eu fiz errado, por que eu fui fazer/falar isso?“ Hoje perdi minha cachorrinha, minha companheira e me pergunto o tempo todo se eu não poderia ter evitado esse desfecho. Só o tempo e o distanciamento serão capazes de amenizar a dor. Ótimo texto para nossa própria reflexão.
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Vanessa querida,
Que sua dor amenize logo.
Talvez não consigamos nos distanciar de nós mesmos, não é, mas das cobranças, talvez.
Um abraço!
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