Dias de Chuva Caminho pela chuva, e vejo a praçaPor onde uma criança anda descalçaSeguindo pelo vento, achando graçaDos barcos de papel, em uma valsaDançando quase juntos sobre o rioValentes, enfrentando o aguaceiroVoando sob o duro meio fioAté se desmancharem por inteiroAli se encerrou, breve destinoDos dois pequenos barcos pelo mundoNascer e já morrer em... Continuar Lendo →
Alter Ego Parte Final – Iolandinha Pinheiro.
Não havia apenas um vídeo, mas vários. O primeiro deles era com o Tito. Eu saindo de casa e indo até onde o cachorro cavava um buraco na cova. Vi quando coloquei ambas as mãos na cabeça e logo depois quando peguei a vassoura para espantá-lo para longe do local. Depois quando segui para o... Continuar Lendo →
Alter Ego Segunda Parte – Iolandinha Pinheiro
A visão daquele líquido nojento flutuando sobre a água do sanitário me causou um asco imediato, e uma preocupação que, em pouco tempo ocuparia de forma constante os meus pensamentos. Saí do banheiro angustiado, e pensando se seria prudente procurar um médico. Considerei os problemas que surgiriam desta revelação e achei melhor aguardar os desdobramentos... Continuar Lendo →
ALTER EGO primeira parte – Iolandinha Pinheiro
Cheguei caminhando à minha casa. Acabara de levar uma forte pancada na cabeça e estava zonzo, mas exatamente por causa da pancada, não conseguia lembrar de como aquilo havia acontecido. Aliás, lembrava muito pouco sobre qualquer coisa, mas tinha certeza de que morava ali, não apenas porque havia reconhecido aquela fachada, mas também porque quando... Continuar Lendo →
O Brilho Verde Da Escuridão – Iolandinha Pinheiro
Sentado e de cabeça baixa, já havia respondido à mesma pergunta pela quarta ou quinta vez. Não adiantava falar que não sabia, ninguém acreditava em mim. Na sala ao lado eu ouvia os gritos do pai dela. Minha mãe chorava e fazia ligações. Eu só queria ir para casa e tentar dormir. Eram tempos estranhos... Continuar Lendo →
– Liana e o Peixe – Iolandinha Pinheiro
Capítulo 1 – Casamento Manhã sem chuva, igreja enfeitada, todos olhando para a porta enquanto o sacerdote sentenciava: - Se alguém sabe de algo que possa impedir este casamento, diga agora ou se cale para sempre! Liana olhou para trás e depois para o peixe vestido de fraque, sorrindo ao lado dela. O noivo pingava... Continuar Lendo →
Mechanismo – Iolandinha Pinheiro
O INÍCIO Em 1940, um dia antes do embarque dos jovens selecionados para as batalhas da segunda guerra mundial, o melhor amigo de Benjamin Schuartzmann organizou uma noitada de despedida com muita bebida e dança. Durante a festa, o jovem aspirante foi esnobado pela loira Elizabeth Rivers, o que o fez beber além da... Continuar Lendo →
– A Gangue do Clube de Tricô – Iolandinha Pinheiro.
SEMPRE que lhe perguntavam o motivo de ter enveredado para uma vida de crimes, Dona Epifânia justificava -Culpa do Epaminondas, quem mandou ele morrer? Seu Epaminondas havia “batido as botas” uns seis meses antes, depois de cair sobre o balcão de bebidas da sua bodeguinha. Além de morrer, Epaminondas ainda acabou dando um grande prejuízo:... Continuar Lendo →
– Flutuação – Iolanda Pinheiro
Não lembrava para onde estava indo, ou mesmo de quem era, apenas de como a chuva caia aos baldes sobre o para-brisa, e da pista escorregadia pela estrada sinuosa. Não sabia porque dirigia tão rápido naquela tempestade, mas recordava nitidamente do momento em que perdeu a direção e o carro se projetou sobre o despenhadeiro... Continuar Lendo →
O Preço
- Ela estava chegando... Ele havia tido aquele sonho outra vez: A moça vinha subindo pela areia da sepultura. Separando a terra negra e úmida até chegar à superfície. Andando, pálida e suja, mas resoluta em direção a ele... Emmanoel Olhou para o relógio com aflição. Ia por dentro da velha casa em passos ligeiros,... Continuar Lendo →
Varal de Lembranças (Soneto e Conto) – Iolandinha Pinheiro
Ao longo desta tarde, uma vida passaE leva junto lembranças de um diaum dia de vento, vento que embaraçaos loiros cabelos da noiva que sorriaAo longo desta tarde, a anciã recordase lembra e se perde entre passado e fantasiasobre o colo, no tecido que ela bordaas imagens daquilo o que viveu um diaLá fora... Continuar Lendo →
Para Inspirar – Os Porcos (Júlia Lopes de Almeida)
Quando a cabocla Umbelina apareceu grávida, o pai moeu-a de surras, afirmando que daria o neto aos porcos para que o comessem. O caso não era novo, nem a espantou, e que ele havia de cumprir a promessa, sabia-o bem. Ela mesma, lembrava-se. Encontrara uma vez um braço de criança entre as flores douradas do... Continuar Lendo →
A Casa dos Mil Lamentos- Iolandinha Pinheiro
A primeira criança a sumir se chamava Pedro. Aconteceu numa tarde de agosto enquanto a sua mãe estendia os lençóis secos no varal para tirar o mofo. O vento estava forte e os tecidos leves voavam e cobriam seu rosto ao serem retirados do cesto. Um minuto de distração e a mulher parou de ouvir... Continuar Lendo →
Juliana do Céu – Iolandinha Pinheiro
Juliana tinha um segredo: ela podia voar. Descobriu ainda criança, depois de um dia na praia. Estava feliz, cheia de energia, e não conseguia dormir. Ficou andando pela casa sem saber mais o que fazer em sua primeira insônia. Foi aí que viu a lata de biscoitos. A guloseima não estava na prateleira... Continuar Lendo →
História de Fantasma – Iolandinha Pinheiro.
SANTA BÁRBARA*****Das coisas que me lembro, do tempo em que trabalhei em Santa Bárbara, nada me abalou mais do que a terrível história de Esther, e das implicações decorrentes por tomar conhecimento destes fatos. Na época eu era médica no hospital psiquiátrico da cidade, construído em um penhasco que se inclinava sobre o mar.... Continuar Lendo →
– Presságio – Iolandinha Pinheiro
Moro numa pequena cidade sem parentes ou amigos. Escolhi viver desta forma. Ergui uma casa distante da vila, uma espécie de retiro voluntário na floresta tendo como vizinhos apenas os animais e as plantas. Nem por isso tive algum dia de tranquilidade na vida, e nem poderia, pois não o mereço. O nobre leitor acredita... Continuar Lendo →
Las Contreras – Iolandinha Pinheiro
A família da viúva Anahy Contreras chegou no início da estação das chuvas, um mês depois de recebermos a carta do antigo morador da “Las Piedras” pedindo ao meu pai para aguardar as mulheres e mostrar tudo da propriedade vendida. Como eu e Pedrito não sabíamos coisa alguma sobre as novas vizinhas, passamos todos os... Continuar Lendo →
Era Uma Vez Um Macaco Chinês – Iolandinha Pinheiro
” E durante muitos anos crimes insolúveis, todos igualmente macabros, aterrorizaram a China” – Diário de Pequim – 13 de outubro de 2000. ” As investigações nunca foram concluídas” – Depoimento colhido do Chefe de Polícia Pong Shu – Diário de Pequim – 15 de outubro de 2000. … A pequena estatueta ficava numa daquelas... Continuar Lendo →
Regras do Mercado- Iolandinha Pinheiro
Histórias que se cruzam. A família havia acabado de almoçar e as mulheres foram lavar a louça enquanto contavam piadas na cozinha. De súbito, ouviram gritos e alguém dando pontapés na madeira lá fora. Calaram-se de imediato, naquele lugar de tantas baixas e bombardeios, a morte nem sempre avisava, mas elas souberam, pelo tipo de... Continuar Lendo →
O Livro de Jonas – Iolandinha Pinheiro.
De: Raul Miranda Para: Levi Ricúpero Olá, amigo. Sei que você deve estar estranhando eu te mandar este e-mail, e já vou dizendo que nem precisa responder. Meu único objetivo é explicar o motivo que me levou a romper o noivado com a sua irmã. Diga que as joias são dela, foram dadas com todo... Continuar Lendo →