. Quando Dudu finalmente abriu os olhos, viu que estava sozinho em um cômodo escuro. Havia um aroma dominante de frango frito. Então se guiou pelo olfato até encontrar comida e água. Da janela aberta, ao lado da cama, vinha um brilho intermitente. Colocou o rosto para fora e deixou que o vento e as... Continuar Lendo →
O BANQUETE E OUTRAS HISTÓRIAS – Iolandinha Pinheiro.
- O BANQUETE E OUTRAS HISTÓRIAS - Hoje é o meu aniversário e para comemorar com meus queridos amigos resolvi escrever estes continhos e esperar pelos seus abraços de amizade e carinho. Agradeço antecipadamente para cada um que vier me dar um abraço. AS CARTAS NÃO MENTEM JAMAIS - texto 01 Noêmia nunca mais foi... Continuar Lendo →
– O Rei Dos Mares – Iolandinha Pinheiro
U L I S S E S Não havia sobrado nada. Ulisses olhou para a geladeira sem conseguir acreditar. No congelador só encontrou uma vasilha pela metade de gelo lambuzado com as sujidades dos peixes já feitos e comidos há dias. Na prateleira abaixo, apenas um saco com batatas, alguns temperos e o resto do... Continuar Lendo →
Fantasias de Natal – Iolandinha Pinheiro
Joel era mesmo um predestinado: gordinho, barba branca, tranquilo, gente boa e com aquele riso fácil de avô preferido. Quando chegava perto do fim do ano todo mundo o queria vestido de vermelho e com um gorro na cabeça. Na época de Natal o telefone não parava com convites para ser o Papai Noel em... Continuar Lendo →
Decalque – Iolandinha Pinheiro
Sinônimos de decalque são imitação, arremedo, cópia, falsificação, contrafacção, reflexo, simulacro, calque, calco… Maria Alice tinha um sonho. Ela só queria ser vista, ouvida, percebida. Por algum motivo louco Maria Alice parecia não existir. Vivia com uma família bem grande mas parecia não fazer parte dela. Tinha várias irmãs, e apenas uma babá para as... Continuar Lendo →
O Comunista, As Pragas do Demônio e o Cabra Voador – Iolandinha Pinheiro
O caso sucedeu pelo final da década de setenta, uma época em que televisão era luxo e ainda tinha gente besta no mundo. Naquele tempo eu era um garoto cheio de ideias e amigos cabeludos. Havia acabado de terminar meus estudos e para não ficar em casa fumando uns baseados e ouvindo rock o dia... Continuar Lendo →
Petit – Iolandinha Pinheiro
Uma homenagem ao meu bebê, que DEUS levou tão cedo para o céu dos cachorrinhos. Vou te amar eternamente, meu Petit. Perdoa a mamãe por não ter conseguido te salvar. Petit morreu em 04 de setembro de 2017, mas não tem um só dia em minha vida que eu deixe de pensar nele. PETIT Foi... Continuar Lendo →
Névoa – Iolandinha Pinheiro
Névoa "Chamamos de agente teratogênico tudo aquilo capaz de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez. Estes danos podem se refletir como perda da gestação, malformações ou alterações funcionais (restrição de crescimento, por exemplo), ou ainda distúrbios neuro-comportamentais, como retardo mental" __________________________________________________________ Emília acordou cedo naquele dia, mas não foi trabalhar. Olhou para... Continuar Lendo →
– Areia Que Escorre Entre Os Dedos – Iolandinha Pinheiro
- E por que se desfazem em segundos,Os sonhos construídos numa vida?Talvez em doces tardes esquecidasEm que me prometias largos mundosOs planos de amor que tu fazias Das nossas combinadas alegriasNum tempo em que não nos cabiam medosAreia já escorria entre os dedosmas, nem imaginava, não sabiaAh, como me dizias que queriasE que seriam juntas nossas... Continuar Lendo →
Aquela História do Rabo da Daisy Dulce – Iolandinha Pinheiro
A noite já ia alta e o Manoel ameaçava abaixar a coberta do comércio caso não chegasse mais gente para comer e beber. Passava das doze e o movimento estava fraco. Só eu e o Rosângelo do grupo da “diretoria” havíamos aparecido, e mais da metade das mesinhas enferrujadas do estabelecimento estava encostada na parede.Lá... Continuar Lendo →
Dias de Chuva – Iolandinha Pinheiro
Dias de Chuva Caminho pela chuva, e vejo a praçaPor onde uma criança anda descalçaSeguindo pelo vento, achando graçaDos barcos de papel, em uma valsaDançando quase juntos sobre o rioValentes, enfrentando o aguaceiroVoando sob o duro meio fioAté se desmancharem por inteiroAli se encerrou, breve destinoDos dois pequenos barcos pelo mundoNascer e já morrer em... Continuar Lendo →
Alter Ego Parte Final – Iolandinha Pinheiro.
Não havia apenas um vídeo, mas vários. O primeiro deles era com o Tito. Eu saindo de casa e indo até onde o cachorro cavava um buraco na cova. Vi quando coloquei ambas as mãos na cabeça e logo depois quando peguei a vassoura para espantá-lo para longe do local. Depois quando segui para o... Continuar Lendo →
Alter Ego Segunda Parte – Iolandinha Pinheiro
A visão daquele líquido nojento flutuando sobre a água do sanitário me causou um asco imediato, e uma preocupação que, em pouco tempo ocuparia de forma constante os meus pensamentos. Saí do banheiro angustiado, e pensando se seria prudente procurar um médico. Considerei os problemas que surgiriam desta revelação e achei melhor aguardar os desdobramentos... Continuar Lendo →
ALTER EGO primeira parte – Iolandinha Pinheiro
Cheguei caminhando à minha casa. Acabara de levar uma forte pancada na cabeça e estava zonzo, mas exatamente por causa da pancada, não conseguia lembrar de como aquilo havia acontecido. Aliás, lembrava muito pouco sobre qualquer coisa, mas tinha certeza de que morava ali, não apenas porque havia reconhecido aquela fachada, mas também porque quando... Continuar Lendo →
O Brilho Verde Da Escuridão – Iolandinha Pinheiro
Sentado e de cabeça baixa, já havia respondido à mesma pergunta pela quarta ou quinta vez. Não adiantava falar que não sabia, ninguém acreditava em mim. Na sala ao lado eu ouvia os gritos do pai dela. Minha mãe chorava e fazia ligações. Eu só queria ir para casa e tentar dormir. Eram tempos estranhos... Continuar Lendo →
– Liana e o Peixe – Iolandinha Pinheiro
Capítulo 1 – Casamento Manhã sem chuva, igreja enfeitada, todos olhando para a porta enquanto o sacerdote sentenciava: - Se alguém sabe de algo que possa impedir este casamento, diga agora ou se cale para sempre! Liana olhou para trás e depois para o peixe vestido de fraque, sorrindo ao lado dela. O noivo pingava... Continuar Lendo →
Mechanismo – Iolandinha Pinheiro
O INÍCIO Em 1940, um dia antes do embarque dos jovens selecionados para as batalhas da segunda guerra mundial, o melhor amigo de Benjamin Schuartzmann organizou uma noitada de despedida com muita bebida e dança. Durante a festa, o jovem aspirante foi esnobado pela loira Elizabeth Rivers, o que o fez beber além da... Continuar Lendo →
– A Gangue do Clube de Tricô – Iolandinha Pinheiro.
SEMPRE que lhe perguntavam o motivo de ter enveredado para uma vida de crimes, Dona Epifânia justificava -Culpa do Epaminondas, quem mandou ele morrer? Seu Epaminondas havia “batido as botas” uns seis meses antes, depois de cair sobre o balcão de bebidas da sua bodeguinha. Além de morrer, Epaminondas ainda acabou dando um grande prejuízo:... Continuar Lendo →
– Flutuação – Iolanda Pinheiro
Não lembrava para onde estava indo, ou mesmo de quem era, apenas de como a chuva caia aos baldes sobre o para-brisa, e da pista escorregadia pela estrada sinuosa. Não sabia porque dirigia tão rápido naquela tempestade, mas recordava nitidamente do momento em que perdeu a direção e o carro se projetou sobre o despenhadeiro... Continuar Lendo →
O Preço
- Ela estava chegando... Ele havia tido aquele sonho outra vez: A moça vinha subindo pela areia da sepultura. Separando a terra negra e úmida até chegar à superfície. Andando, pálida e suja, mas resoluta em direção a ele... Emmanoel Olhou para o relógio com aflição. Ia por dentro da velha casa em passos ligeiros,... Continuar Lendo →