Sandra Godinho

Sandra Godinho, nascida a 27/07/1960 em São Paulo, é graduada e Mestre em Letras. Já participou de várias coletâneas e antologias de contos, sendo agraciada com alguns prêmios. É membro número 78 da Ailb, Academia Internacional de Literatura Brasileira. Publicou O Poder da Fé (2016), Olho a Olho com a Medusa (2017), Orelha Lavada, Infância Roubada (2018), foi agraciado com Menção Honrosa no 60º Prêmio Literário Casa de Las Américas (2019), O Verso do Reverso (2019) ganhou o Prêmio de Melhor livro de contos Regional da Cidade de Manaus, Terra da Promissão (2019), As Três Faces da Sombra (2020), Tocaia do Norte (2020) foi o romance agraciado com o Prêmio Cidade de Manaus, finalista do Prêmio São Paulo de Literatura 2021. A Morte é a promessa de algum fim foi agraciado com o Prêmio Cidade de Manaus (2021). E Memórias de uma mulher Morta (inédito) foi finalista do Prêmio Leya 2021.

Autorretrato

Falar de si demonstrou ser um exercício árduo, como desnudar-se diante de pessoas com as quais não se tem ainda a intimidade desejada. Mas diante de relatos tão singelos e verdadeiros, não podia furtar-me a ele. O que melhor me define (desde que me entendo por gente) é a busca incessante, ao nível pessoal ou profissional. Então começo por esse viés.

Em busca da beleza, lancei-me inicialmente ao desenho. Ingressei adolescente na faculdade de Arquitetura da USP, que me deu o entendimento da arte, do equilíbrio entre espaços, da harmonia das cores e luzes. Não cheguei a terminar o curso.

Em busca do amor, lancei-me à construção de uma família. Marido e três filhos maravilhosos que me foram dados por Deus e que enriqueceram minha vivência e entendimento das coisas. Ciclos se iniciaram e se fecharam, chegamos e saímos de cidades, laços foram feitos e desfeitos, até finalmente morar em Manaus, no extremo do país.

Em busca de conhecimento, estudei línguas. Formei-me professora de inglês, flertando também com o francês, por ter vivido um curto período de tempo em Caen, na Normandia francesa. Tornei-me Mestre em Letras, com foco em Estudos da Linguagem, pesquisando o vocabulário de migrantes no interior do Amazonas e sua variação quando eles se mudam para a capital. Foi quando ouvi suas estórias, suas (des)esperanças, suas vozes que não mais me abandonaram. Encantada, sucumbi à magia da região e às vozes que formam o povo amazônico.

Em busca de um outro olhar, lancei-me à escrita. Um processo solitário, mas libertador, onde se pode proporcionar uma experiência emocional gratificante, não só ao leitor, mas também ao autor. A ficção proporciona divertimento, mas também denuncia injustiças, fala do bem e do mal, pobres e ricos, brancos e pretos. A literatura é democrática e, para exercê-la, conto com o apoio incondicional de marido e filhos.

Em busca de aprimoramento, ingresso com as amigas nessa jornada. É com grande expectativa que abraço nosso recanto me deleitando com tantas estórias, com tantos mundos diferentes, com tantas experiências que se complementam. Que nosso blog só venha a agregar.

Contos da autora no blog:

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