Concurso de Microcontos Rapidinhas - As Contistas REGULAMENTO Participantes é aberto a todos os interessadosintegrantes do coletivo As Contistas estão impedidas de participar. Micronarrativas escritas em língua portuguesa.o tema é livre.todos os microcontos deverão conter a palavra-chave que será divulgada apenas no dia 1 de maio.máximo de 300 caracteres com espaços.os textos não precisam ser... Continuar Lendo →
Quanto falta? – Fernanda Caleffi Barbetta
Estava chegando, mas ela não entendia distâncias. A idade tão pouca, a vida tão tenra. O ar ficando pesado, a respiração mais difícil, o corpinho se molhando de suor. Sim, estava chegando, mas ela não entendia o tempo. Era difícil aquietar um corpo ansioso por viver. Inclinando-se para frente, tentou encarar a mãe, mas viu... Continuar Lendo →
O lixão do abutre. O lixão da Rute. (Sabrina Dalbelo)
Na terra acinzentada onde o abutre se alimenta e depois defeca, onde o resto é despejado, a menina Rute brinca, corre pra todo lado. Lá, para onde algo que alguém não quis mais é transportado. Lá, no fedor, na lama, no chorume, onde adubo é revirado, onde o homem pisa, cata e vende até o... Continuar Lendo →
PINK – Juliana Calafange
Lembro sempre de você, estrelinha Pink! Seus olhos amendoados, o sorriso farto e sincero, rasgando a boca, mostrando os dentes sem vergonha nenhuma. Nos conhecemos no mais improvável dos momentos – um fim de festa – eu com frio e você com sono. Eu com raiva, cansaço, impaciência e você com amor. Demorei um pouco,... Continuar Lendo →
Dezesseis – Evelyn Postali (desafio)
Ela avistou Murilo, próximo às árvores da pracinha, em cima da moto, como costumava estar nas manhãs de domingo. O coração doente disparou e uma náusea mais forte a fez parar, agarrando o braço do pai. O vestido branco arrastou-se entre as pétalas de rosas brancas a cobrir parte do trecho da calçada e da... Continuar Lendo →
Para Drummond – Sabrina Dalbelo (desafio)
O padre Ulisses amaldiçoou o açougueiro Lucas que esfaqueou o eletricista Mauro que eletrocutou o jardineiro Martin que afogou o padeiro León que assou o paraquedista Beto que asfixiou o professor Cristian que atirou no técnico de informática Diones que explodiu o bombeiro Matias que tacou fogo no empacotador Lourenço que desnucou o auxiliar de... Continuar Lendo →
a maior metáfora fui eu (Sabrina Dalbelo)
Ao vivo e, ao evocar os meus demônios, eu ofertarei meus medos, meus filhos e meu saco de moedas. Não posso te prometer um final luxuoso, nem aplausos, mas te darei meu nome e tudo o que dele fizeram. Não tenho lembranças nem crenças. As verdades, as abandonei todas. Trilhei um caminho torto e indigno... Continuar Lendo →