Contam que Deus criou a Mulher ao mesmo tempo e da mesma matéria que o Homem. E por que isso? Terá sido o melhor projeto? O que se passava na mente do Criador? Não se sabe com certeza, mas existem muitas teorias.
Sabe-se, por exemplo, que em algumas culturas, Deus tem fama de Ser Sarcástico, possuidor de uma ironia ímpar. Se nos basearmos nessa premissa, faz algum sentido que Ele tenha tido essa ideia pouco ortodoxa de criar dois seres tão diferentes do mesmo barro. Dizem algumas lendas antigas que o Todo Poderoso não estava nos seus melhores dias, e resolveu fazer artesanato para dar uma relaxada. Não sabemos no que precisamente Ele estava pensando, mas esculpiu uma figura feminina e sorriu. Sentiu-se empolgado e logo quis fazer uma versão masculina, mas quando foi esculpir esta última, percebeu que o barro era pouco. Então pediu a seu Anjo Assistente que colocasse água na mistura, para que rendesse mais. Assim, a figura masculina ficou meio molenga, então o Anjo trouxe um pouco de estrume, para dar mais firmeza, e acabou que a coisa não saiu exatamente como Ele queria. E isso irritou Deus.
Há um registro remoto, guardado a sete chaves na Biblioteca de Alexandria, que afirma que o Diabo é apenas Deus de mau humor. Eu, pessoalmente, acredito nessa hipótese, pois só isso explicaria dar à primeira mulher do mundo o nome de Nayara, que, muito cá entre nós, parece nome de índio… Há boatos de que o Anjo Assistente havia sugerido Lilith, mas Deus não gostou. Para você ver…
Que o Senhor me perdoe, mas há muitas evidências do mau humor Divino na História Sagrada da Humanidade.
Vejam, não bastasse o nome, Deus resolveu que a Mulher tinha que ser rebelde. Só para sacanear Adão? Talvez. Isso corroboraria a tese do Santo Sarcasmo. Mas o fato, de acordo com as Escrituras, é que ela sempre foi mimada. Sabe como são os pais com as suas primeiras filhas. Tudo acha bonitinho, tudo tenta justificar. Quando Adão ousou dar uma reclamadinha, Deus foi logo se defendendo: Nayara é inteligente, astuta… e gostosa! Dá só uma olhada nessa bunda! E Adão ficou quieto. Realmente, a Mulher tinha muitos atributos positivos, era jovem – aparentava uns 22, sem o buço, segundo o evangelho de Marleyson – possuía belos olhos castanhos amendoados e dreadlocks no cabelo, sem falar de uma abundante bunda, e isso era bom. Mas tinha péssimos hábitos, fumava, bebia, arrotava nos momentos mais inconvenientes, tinha uma TPM terrível e era viciada em maçãs. Se deixasse, comeria todas as maçãs disponíveis no Paraíso. Tanto que um dia Deus avisou: Chega! Podes comer quantas maçãs quiser, Nayarinha, mas tens que deixar esta macieira aqui, só esta, intacta, para as próximas gerações! Nayara fez beicinho, mas Deus insistiu: Se você comer todas as maçãs do Paraíso não vai sobrar nenhuma para os seus filhos e netos e bisnetos, pense neles, sua egoísta da porra!
Ocorre que Nayara jamais teve intenção ser mãe. Ela e Adão, nunca aconteceu de duas coisas saírem da mesma matéria prima e serem tão diferentes uma da outra. Eram tipo água e óleo, tipo noite e dia, tipo leite e vodka. Difícil de acreditar que vieram do mesmo pó. O mais provável é que Deus tenha tirado a Mulher da Sua própria mente geniosa, isso sim. Deve ter sido por isso que fez uma criatura tão difícil de compreender.
E Nayara jamais foi compreendida. Pelo menos não até ser tarde demais. Sei que é difícil de acreditar, mas a moça simplesmente se recusava a aceitar sua versão masculina como superior a ela. Não obedecia a Adão. Achava o fim, se afinal ela fora feita do mesmo barro! Pai babão e esposo meio mole, não notaram o quão rápido ela foi ganhando vontade própria, personalidade. Começou a ter pensamentos perigosos, até subversivos, como: De onde eu vim (e não me venha com esse papo de barro…)? Por que estou aqui? Para onde vou?
Aquela rebeldia inicial, que Deus botou nela só de pirraça, agora crescia e se cristalizava em algo muito mais sólido. Seu desejo por liberdade.
O Pai, sempre tapando o sol com a peneira, fingia não ver o que acontecia. Toda vez que Nayara aprontava alguma, Adão ia lá e reclamava:
– Paiê, a Nayara tá tomando banho pelada na cachoeira de novo!
E Deus apaziguava:
– Liga não, filho. Ela gosta de ser solta…
E talvez tenha sido por isso que foi crescendo nela um sentimento de repulsa a tudo que vinha de Deus. Ele simplesmente não a enxergava, não alcançava a profundidade de sua alma. E ela se rebelava cada dia mais. De nada adiantava que Adão a repreendesse, pelas blasfêmias que dizia, especialmente durante os períodos de TPM. Aliás, para Nayara – ou Nay Ninja como agora exigia ser chamada – Adão era um energúmeno, uma criatura rasa, pouco inteligente, um ginecofóbico, que além de ter mau hálito era ruim de cama. Sim, porque ele insistia no papai-e-mamãe todo santo dia, o que para a Mulher era uma tremenda falta de criatividade, típica do cromossomo Y.
Bem que ela tentou convencê-lo a variar um pouco na hora do sexo, sugeriu diversas posições diferentes, mencionou Tantra, desenhou o Ponto G no chão com um graveto para ver se ele entendia. Mas nada disso estimulou Adão, que insistia na “tradição” das coisas, gritando: Eu sou o Alfa da parada, porraaaa! – seja lá o que isso quisesse dizer naqueles tempos.
Nayara já andava nessa época se correspondendo com alguns demônios do Mar Vermelho – secretamente é claro, imagina se Deus soubesse! – Usava o perfil @Ninjanay no adoteumdiabinho.genesis.com para trocar ideias sobre o que acontecia de novo no mundo, para lá de Bagdá.
Naquelas paragens, a coisa era mais livre, mais tolerante com as diferenças. No Mar Vermelho, por exemplo, região bem mais evoluída que o Paraíso, já era permitido casais do mesmo sexo, para todas as espécies. E Nayara estava informada que por lá o clitóris já era conhecido e estudado há muito tempo. O consumo recreativo da erva santa era legalizado, ninguém se opunha à mulher beber, fumar ou arrotar e o mais importante: lá não havia restrições quanto ao consumo de maçãs.
Certa vez, Deus estava tendo mais um daqueles dias e resolveu dar uma caminhada pelo Jardim do Éden para dar um relax. Foi quando viu Nayara, escondida atrás de uma moita, trocando mensagens com um Diabão Vermelho lá das bandas de Meca. Não prestou.
Então a voz gutural de Deus se fez ouvir por toda a Terra.
– O que diabos estás fazendo, Nayara?
– Conversando com um amigo. O que é, não posso ter amigos?
– Não pode não! Ainda mais vermelho!
– Por que não?
– Porque eu não quero!
– Isso não é resposta! Isso é autoritarismo! Você não manda em mim, já sou ‘de maior’, faço o que eu quero! Duvida?
E a Mulher trepou na única macieira proibida do Jardim.
– Nayara, não faças isso, estou avisando!
E a mulher teimou. Porque ela era teimosa! Arrancou uma maça da árvore e deu-lhe uma bela abocanhada.
– Hummm, que delícia! Vermelhinha!
Foi o que bastou para provocar a ira Divina. Se você acha que a TPM da sua mulher é ruim, não queira conhecer a ira de Deus, ainda mais num dia de mau humor…
– Comeste da única árvore que não era para comer e agora vou te castigar!
E Deus arrancou a perna direita de Nayara sem dó. Ela caiu da árvore, igual fruta madura, gritando de dor.
– Mulher, multiplicarei teu sofrimento, sem a perna terás que se submeter e finalmente teu marido te dominará!
Deus parece que esteve descansando tempo demais. Não sabia que Nayara nunca foi de levar desaforo para casa? Sua mágoa foi tanta… o próprio Pai lhe arrancar a perna, só porque não é capaz de estabelecer um diálogo democrático? Definitivamente, aquele não era lugar para Nay Ninja!
– De jeito nenhum! Vou-me embora dessa pasmaceira de Paraíso, vou viver com meus amigos lá no Mar Vermelho! É isso mesmo, VER-ME-LHO!!!
E, antes de sair dali pulando sobre a única perna que lhe restava, ainda praguejou contra o Pai:
– O Senhor está mais preocupado em preservar maçãs do que em ver Tua única filha feliz? Pois então terás que arrancar a perna de muitas mulheres das gerações que virão!
E assim, Nayara partiu. E por milhares de anos, não se ouviu mais falar dela no Paraíso.
Nesse tempo ela colocou uma perna mecânica (lá no Mar Vermelho a medicina ortopédica já havia evoluído também) e viveu muito feliz com seus amigos demônios, fazendo tudo que queria sem ninguém para encher o saco. Até que um dia, o banzo falou mais alto. Ela precisava voltar para rever a família.
No dia em que pisou de volta no Jardim do Éden, encontrou tudo muito diferente. A propriedade que pertencera a ela e Adão estava maior, foram feitos vários “puxadinhos” na casa principal.
De repente, a porta de entrada se abriu e saiu de lá uma mulher toda arrumadinha, que apressou-se em receber Nayara, cheia de entusiasmo. Rapidamente foi informada que a criatura chata e bobinha se chamava Eva, que era a nova esposa de Adão e que muito se orgulhava de ter nascido da costela dele. Explicou que o marido tinha ido buscar lenha com seu filho mais velho, Caim. Perguntou o que era aquilo que Nay tinha no lugar da perna, mas não esperou pela resposta, foi logo puxando uma cadeira para a visita sentar. Enquanto esperavam pela volta dos homens, Eva a recebeu com todas as honras da etiqueta doméstica, parecia não fazer ideia de quem era a visitante e ficava óbvio que a coitada não tinha uma diversão há muito tempo. Toda afetada, ofereceu coisinhas para comer e beber, contou como era feliz com Adão, que eles já tinham uma imensa prole povoando a Terra, para orgulho de Nosso Senhor. Quanto mais Eva falava, mais Nay se sentia entediada. Quando já estava quase arrependida de ter aparecido por lá, Adão chegou e levou um baita susto. Para não arranjar problema com a esposa, cumprimentou a visita como se fosse uma pessoa qualquer.
A conversa seguiu de certa forma civilizada, até que Nayara não resistiu e resolveu provocar a dondoca, falando sobre maçãs. Percebeu o rosto de Eva corar ao tocar no assunto. Adão se remexeu todo na cadeira. Então Nay se deliciou, contando a Eva sobre como havia sido a sua vida com o ex-marido e sobre como quase acabou com todas as maçãs do Paraíso, mas foi obrigada por Deus a deixar uma macieira intacta, para as futuras gerações… e perguntou se Eva e seus filhos estavam usufruindo da herança.
Então Eva olhou para Adão de um jeito muito esquisito, inédito e inevitável.
– Quer dizer que antes tu comeste muita maçã, querido esposo?
O marido congelou na cadeira. Eva não sabia nada sobre Nayara, Deus havia ordenado que Adão nunca contasse sobre ela, a filha indigna, a primeira, a degenerada. Tinha até apagado o nome dela do seu diário.
– É que antes não era proibido comer maçã, querida. Foi tudo culpa dela… – e o covarde apontou para Nayara.
– Naquela época se podia comer de tudo Eva. Maçãs, bananas, pepinos… – revidou Nay Ninja com sua língua ferina.
Adão nunca tinha visto Eva agir daquela maneira. Ela levantou-se e saiu marchando em direção à macieira sagrada, que a essa altura era guardada 24 horas por dia pelos Anjos Guerreiros da TFP, enviados de Deus.
Paralisado diante da atitude inusitada da esposa, assistiu de longe a mulher jogar um charme, mostrar os peitos e conseguir facilmente passagem até a árvore. Qual uma Gabriela de Jorge Amado, ela escalou a macieira e arrancou-lhe uma maçã. Observou o fruto em contemplação, como se fosse um quadro de Picasso. Se Nayara comeu, ela também queria comer!
Sabem como é, água de morro abaixo, fogo de morro acima, e mulher quando quer alguma coisa… não houve apelo de Adão, muito menos os berros de Deus (atrasado como sempre…) que a dissuadissem. Eva mandou-lhes uma banana e caiu de boca no fruto proibido, com toda vontade que jamais teve.
∞
Esta versão é a que consta de alguns escritos muito antigos, de algumas culturas mais antigas ainda… com pitadas de umas coisas que compilei do Twitter. Sempre haverá quem me conteste. Mas relatos sagrados não são livros de História. Discutir o que “realmente” aconteceu no Éden é como a discutir se Capitu traiu Bentinho: não existe uma resposta.
Porém, nas minhas pesquisas, encontrei indícios consistentes, dando conta que na hora em que Deus rachou o Paraíso ao meio e mandou Adão e Eva descerem, ameaçando-os com todas as pragas possíveis – tipo ter que trabalhar para ganhar a vida – se ouviu, ao fundo, as gargalhadas de Nayara…
Deus, furioso, ainda tentou transformá-la em serpente:
– Andarás sobre teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida!
Mas ela, mais uma vez, já estava anos luz à frente de suas ordens:
– Não sou mais submissa à Tua vontade, Papai! Não sigo nenhum líder e aqueles que quiserem me seguir, serão aqueles que seguirão a si próprios. Me puseste no mundo, mas nunca me compreendeste. Fingiste fazer minhas vontades, mas era só para agradar Teu Ego. Não Te interessaram meus anseios, minhas dúvidas, minhas alegrias. Trataste-me como inferior a Adão, mesmo sendo Tua filha legítima, feita da mesma matéria e portanto com direitos iguais. Como pudeste achar que arrancarias minha perna e eu não me rebelaria ainda mais? Como uma violência dessas poderia servir para me submeter às Tuas ordens e aos desejos de Adão? Não Te parece óbvio que isso não faria de mim uma mulher dócil e agradecida? Podes contar essa Tua historinha de serpente para quem quiser acreditar nela. Mas eu vou seguir com minha vida, ao lado daqueles que me respeitam e aceitam que eu viva de acordo com o que penso. E saibas, meu Pai, que por aí existe um mundo além da Tua jurisdição, onde também estão a narrar histórias, e em algumas delas eu serei adorada e cultuada como Deusa da Fertilidade, não pelo meu ventre, mas por causa das minhas ideias. E as futuras gerações de Eva me estudarão em obras da literatura, todos ouvirão falar de Nay Ninja e muitas mulheres se inspirarão em mim. Tchau, querido!

Um conto cheio de humor, trazendo uma protagonista tão rebelde que a autora reformulou as indicações da ficha do desafio, colocando-a no papel de uma Lilith moderna, tendo como cenário o paraíso. Ri várias vezes e cheguei à conclusão de que o paraíso da sua versão era um saco, e lugar bom para morar era mesmo onde ficavam os demônios vermelhos. É isso. Gostei, bastante, mas acho que o texto merece uma enxugada boa para ganhar agilidade. Sorte no desafio.
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Leitura divertida e, ao mesmo tempo, reflexiva: a posição da mulher nas diversas culturas, os relacionamentos, religiões, os conceitos de Deus e de demônio. Lembrou- me, de certa forma, a série Lúcifer. Gostei. Parabéns à dupla criadora da personagem e da trama. Beijos.
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Ah, contista, fizeste um bom trabalho de desconstrução do personagem. Tão rebelde quanto Nayara, pegou a ficha, deu uma olhada, bufou, rabiscou umas palavras, riscou o mapa do inferno e reescreveu o enredo já tão batido. Leitura divertida, sem compromisso de fazer emocionar, mas sim de dar um novo contexto a uma personagem renegada – Lilith. Espero que a autora da ficha goste da sua intervenção rebelde. Como a Iolandinha, também acho que o conto ganharia mais força se fosse um pouco mais curto, enxugando algumas passagens. Mas valeu pelo trabalho, viu? Curti bastante.
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Olá, querida amiga Contista!
Oloco, heim! Se apoderou de toda a rebeldia da personagem e subverteu total a ficha!
Não posso dizer que curti o humor do conto, até porque meu senso de humor é muito específico. Achei muito caricato, demais, sei que sua intenção foi chutar mesmo o pau da barraca e até chocar de propósito, não te julgo, mas empobreceu o conto literariamente falando.( Na minha opinião, é claro)
Está, sem sombra de dúvida muito criativo! A personagem foi bem explorada e muito bem aprofundada. Com certeza um conto impactante!
Parabéns pelo trabalho!
Um abraço!
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Eu ri em diversas partes do conto. Gostei muito da Nayara e gostei demais das reflexões ao longo da leitura. Essa escrita solta me faz muito bem. Acho que me ganhou por isso. Contudo, passa bem longe da personagem da ficha proposta para o desafio. Não sei se serve de alento, mas eu gostei mais da personagem que ganhou vida na sua escrita do que da personagem da ficha – sem desmerecer a da ficha porque carrega uma carga dramática bem complexa – , mas porque existe tanta coisa mirabolante nessa história que não me deixa capaz de escolher uma passagem específica. Parabéns pelo conto.
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Personagem tão rebelde que até ganhou personalidade própria, hahaha! Um conto um tanto debochado, cheio de ironia e bem divertido. Esta é uma questão que gera grande e eterno debate, realmente ninguém sabe a história “verdadeira”, mas uma coisa é certa: Capitu não traiu Bentinho!
Bjs ❤
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Nossa, bem diferente da personagem na ficha, apesar de os elementos estarem quase todos presentes. Creio que a autora do conto teve dificuldade com essa personagem. Pois ela tem um problema, que é a falta de conflito. Conflito é o coração de qualquer história, é o que movimenta o protagonista, o tira de sua situação inicial e o transforma (como é na vida real…) e a partir dessa experiência é que o leitor conhece melhor sua personalidade, suas verdadeiras motivações. Nesse caso, a protagonista proposta na ficha não muda com o que acontece com ela. Ao contrário, quem muda são os coadjuvantes. Isso talvez tenha dado trabalho à autora do conto.
De qualquer forma, acho que conseguiu se virar bem com o seu próprio conflito que era escrever para essa personagem. Rsrsrs
Mas é claro que também poderia ter encontrado outras saídas possíveis, criar algum conflito que aproximasse mais o conto da personagem proposta, e mudar o rumo dessa história. Quem sabe com mais tempo… Nada é fácil no mundo da escrita. De qualquer forma achei divertido. Espero que a criadora da Nayara original não fique muito chateada com você, autora. Boa sorte!
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Olá, Contista! Soberbo conto! Lembra uma crônica, uma conversa informal sobre um assunto tão explorado, mas que aqui é contado com humor, deboche e uma pitada de cinismo. Subverteu um pouco a ficha do personagem, para melhor, na minha opinião. Nayara é rebelde, tem vontade própria e não é submissa. O papel da mulher (re)contado aqui com leveza, fala-se ainda de religião, o vermelho que leva uma conotação política, muito rico seu texto. Há a questão do conflito. Ela é rebelde e pronto, ela vai e volta sendo a mesma, não há mudança na personagem, mas nada que tire seu brilho. Parabéns.
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Olá, Contista. Ainda estou a recuperar o fôlego. Pare o que está a fazer e olhe aqui: estou de pé a bater palmas. Muito bom. E se o desafio fosse para escolher a adaptação mais original e imaginativa de uma personagem a um conto, este ganharia sem margem para dúvidas. Se fosse o mais divertido, idem. Se fosse o mais ousado, aspas. Até nem concordei numa coisita ou outra, mas isso é de absolutamente somenos, face a tal brilhantismo. Parabéns. Um beijo.
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Meninas, desculpem-me discordar de todas, mas acho que o conto foi bastante fiel à ficha, ao que ele não foi fiel nem um boadinho foi às vossas expectativas ao lerem a ficha. E esse é apenas um dos seus muitos trunfos.
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Achei muito divertido, subversão é a palavra aqui.. assim como Lilith..ops Nayara, a contista não tem amarras e alterou tudo o que bem entendeu e mesmo assim, não ficou fora da ficha, definitivamente.
Talento é o que resume.
Um conto muito gostoso de ler mesmo. Ele provoca várias emoções no leitor e isto é o principal,nao é?
Parabéns
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Hum… Sei lá, parece algo que o Fabio Baptista escreveu. Haha!
Olá, Contista! Sei que deixei a ficha muito vaga,mas vc fez um ótimo trabalho. Gostei bastante dos diálogos e da trama que vc criou. Esse lance de encher o texto com referências e brincar com o novo e o antigo é “a coisa do momento” na nova literatura fantástica, e vc foi fiel aí ao estilo.
Parabéns! 😁
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Olá, Contista! Obrigada por participar do nosso desafio!
Foi uma senhora subversão, hein? haha A autora foi cuidadosa em manter todos os elementos da ficha, embora a história passe muito longe da realidade dela. Uma bela sátira, ri em alguns pontos, o começo é bem engraçado, toda a acidez das críticas impostas ficam com uma levez por causa do humor. Achei apenas que possa ter se estendido demais, ao ponto de tornar Nayara insuportável. kk Então, conforme o texto se desenvolvia a leveza e o humor impar foram meio que sugados por ela, uma criatura refém dos seus desejos.
Contudo, achei a proposta muito interessante e a criatividade da autora foi louvável.
Parabéns! 🙂
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Olá querida contista,
Gostei muito do teu conto. Ele é cheio de humor e irreverência.
É uma bela sátira.
Como as demais comentadoras, também achei que em certos pontos, tu poderia ter enxugado o texto.
Percebi uma certa repetição de explicações.
Não acho que tu tenha subvertido o que constava na ficha, pois eu considero a tua narrativa uma adaptação ao que é sugerido lá.
Parabéns!
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Olá, Contista! Aqui temos um texto bem diferente. Irreverente e divertido, subverteu completamente as indicações da ficha da personagem. Repleto de referências, com jeito de crônica, é um estilo que soa bem moderno, o que é ótimo. Como algumas das colegas acima, concordo que o texto ganharia fluidez com um pequena enxugada. Um texto criativo que me divertiu bastante, amiga. Parabéns pelo excelente trabalho. Beijos!
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Comecei as leituras por um texto que me fez chorar e termino as leituras com um que me divertiu bastante! Eu simplesmente adorei a Nayara, também uma personagem que renderia várias histórias, tipo “As Crônicas de Nayara ou Como ser subversiva no paraíso”, haha! Acho que aproveitou os elementos da ficha, sim, aproveitando para criar algo bem com a cara da Nay Ninja, heehhehe! No finalzinho achei um pouco arrastado, mas olha, muitos parabéns, porque ficou muito, muito bom!
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Oi, Contista!
Já tinha lido e releio seu conto do mesmo jeito, super animada e rindo. Adorei o jeito subversivo e rebelde de Nayara, acho que poderia citar a autoria aqui, mas vou ficar quietinha rs.
Também acho que o conto pode ser um pouco enxugado, como as meninas disseram, mas no geral está muito bom, li de uma vez, fluido e criativo.
Parabéns e boa sorte!!
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Querida Juliana,
Parabéns pelo trabalho.
Tive certeza que o conto era seu, ao ler. Porém, o personagem é da Maria, então, a dupla foi perfeita.
Gostei muito mesmo.
Beijos
Paula Giannini
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